O Profeta costumava dormir sobre uma esteira, um tapete de couro ou de palha ou sobre uma cama. Sua esteira era feita de couro recheado de fibra e o travesseiro da mesma forma. Não dormia mais que o necessário, tampouco negava a si mesmo caso necessitasse de sono. Costumava dormir na primeira parte da noite e orar na última parte (o último terço da noite). Às vezes passava a primeira parte da noite encarregando-se dos assuntos dos muçulmanos. Quando parava para descansar muito tarde da noite, durante uma viagem, dormia sobre seu lado direito. Mas, quando descansava antes do amanhecer, punha sua cabeça sobre seu braço. Quando dormia ninguém o acordava, ele acordava naturalmente. Seus olhos dormiam, mas seu coração permanecia desperto. Quando se retirava para dormir, costumava dizer: “bismik-Allahumma ahya wa amutu” (Ó Senhor, em Teu nome vivemos e morremos). Juntava suas mãos em concha, soprava dentro delas e recitava a surah Ikhlaas, Falaq, Nas e então esfregava sobre seu corpo, começando pela cabeça, rosto e parte frontal do corpo, por três vezes (Bukhari). Costumava dormir sobre seu lado direito e punha sua mão debaixo de sua bochecha direita. Dizia: “Allahumma qini ‘adaabaka yawma tab’athu ‘ibaadak” (Ó Senhor, protege-me de Teu castigo no Dia em que ele ressuscite os Teus servos) – Abu Dawud e Tirmidhi. Ele disse a alguns companheiros: “quando vós vos retirarem a vossas camas façam o wudhu’ como o fazem para a oração, então, deitem-se sobre vosso lado direito e digam: ‘Allaahumma aslamtu nafsi ilaika wa wajjahtu wajhi ilaika wa fawwadhtu amri ilaika wa alja'tu dhahri ilaika, raghbatan wa rahbatan ilaik. La malja'a wa la manjaa minka illa ilaik. Aamantu bikitaabik-alladhi anzalta wa binabiik- alladhi arsalt’ (ó Senhor, submeto-me a Ti, confio meus assuntos a Ti e volto o meu rosto a Ti e deposito minha completa confiança em Ti, com esperança e temor, não há refúgio nem salvação, exceto em Ti, creio no Livro que tens revelado e no Profeta que tens enviado). Quem faça destas suas últimas palavras e morre na mesma noite, então, morrerá em estado natural do Islam” (Bukhari e Muslim). Quando se levantava para a oração da noite, dizia: “ó Allah, Senhor de Jibril (arcanjo Gabriel), de Mikail (Miguel) e Israfil (Rafael). Originador dos céus e da terra, Conhecedor do oculto e do manifesto. Tu decides entre Teus servos nas questões e diferenças. Guia-me à verdade com Teu beneplácito. Certamente Tu guias a quem quiser à senda reta” (Muslim). Quando despertava costumava dizer: “Al-hamdu lillaahi-lladhi ahiaana ba`da ma amaatana wa ilaihin-nushur” (O louvor é para Allah, Quem nos dá a vida após a morte e ante Ele ressuscitaremos para que nos julgue por nossas obras). Após, limpava seus dentes e ocasionalmente recitava os últimos dez versículos da surah al ‘Imran (Bukhari e Muslim). Costumava acordar quando o galo cantava e dizia: “alhamdulillah”, “Allahu akbar” e “la ilaaha ill-Allah”, então fazia súplicas. Dizia: “um bom sonho vem de Allah e um mau sonho vem de Shaitan. Portanto, se algum de vós tiver um sonho desagradável, deve cuspir (levemente) à sua esquerda três vezes quando despertar e buscar refúgio em Allah contra Shaitan; e dessa forma o sonho não vos prejudicará. E não deve contá-lo a ninguém. Mas, se sonharem um bom sonho, então devem considerá-lo como boas novas, entretanto que contem apenas àqueles que amam”(Bukhari e Muslim). Aconselhava a todo aquele que tivesse um pesadelo a virar para o outro lado e, também, orar.