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O Islam e a Espada

Auther : Khaled Taky Eldin
Under category : Dúvidas e respostas
3183 2010/04/01 2024/12/03

louvado seja deus, o senhor do universo. presto testemunho de que não há outra divindade além de deus, único, sem parceiros, e presto testemunho de que mohammad é seu servo e mensageiro. que deus abençoe e conceda paz ao nosso profeta, aos seus familiares e seus companheiros. amém.


o islam é uma religião mundial, constituindo no selo das mensagens divinas. o rassulullah (s) foi enviado por deus para aperfeiçoar a religião e corroborar as mensagens anteriores, a judaica e a cristã. deus, exaltado seja, disse: “e não te enviamos, senão como misericórdia para a humanidade” (21:107). e disse: “e não te enviamos, senão como universal (mensageiro), alvissareiro e admoestador para os humanos.” (34:28). o islam veio para orientar a humanidade na adoração somente a deus, único, sem parceiro, o criador, que nos criou para adorá-lo.


o islam está vinculado à paz. um dos belos atributos de deus é pacífico. nós nos aproximamos de deus com as nossas orações com esse atributo. se a paz é a mais importante coisa nesta vida, a paz na outra vida é tudo. por isso, deus, exaltado seja, denominou o paraíso com o “local da paz” e tornou a saudação dos habitantes do paraíso: paz! “aí a sua mútua saudação será: paz!” (10:10)


então, porque algumas pessoas acusam o islam de ter se expandido por meio da espada?
é uma acusação infundada. o islam é a religião que não obrigou ninguém a dotá-la. o ingresso das pessoas no islam tem como causa a força de seu convencimento, vitalidade e veracidade. deus, exaltado seja, diz: “não há imposição quanto à religião.” (2:256). e disse: “convoca (os humanos) à senda do teu senhor com sabedoria e uma bela exortação; dialoga com eles de maneira benevolente.” (16:125). e disse: “pergunta aos adeptos do livro e aos iletrados: tornar-vos-eis muçulmanos? se se tornarem, encaminhar-se-ão; se negarem, sabe que a ti só compete a proclamação da mensagem. e deus é observador dos seus servos.” (3:20).


portanto, a religião do islam e seus seguidores não impuseram a ninguém segui-lo, não obrigaram nenhuma nação de adotar o islam, e isso é testemunhado pelos escritores ocidentais. o lord headley, em suas memórias “rowland allanson –winn” diz: mohammad nunca tentou obrigar ninguém a adotar o islam.”


o historiador francês gustave le bon, em seu livro “a civilização árabe”, diz: “a força não foi utilizada para a divulgação do alcorão. os árabes deixaram aos derrotados a liberdade religiosa. na verdade, os povos não conheceram conquistador mais piedoso e tolerante que o árabe. nunca houve uma religião mais tolerante do que a religião deles. a história confirmou que as religiões não podem ser impostas pela força. o islam não se expandiu, então, pela espada, mas apenas pela divulgação e propagação. povos conquistadores que derrotaram os árabes adotaram o islam, como os turcos e os mongóis.” (a civilização árabe, págs. 128 e 129).


o tradutor do alcorão, george sale, diz: “aquele que afirma que o islam expandiu apenas com a força da espada está redundamente errado, pois muitas localidades adotaram o islam sem que qualquer presença das forças muçulmanas nelas.” (introdução da tradução inglesa do alcorão sagrado, publicada em 1736 e.c.)


o islam participou de guerras de defesa contra vários povos, como o romano e o persa. o profeta (s) começou o diálogo com eles de melhor forma, enviando-lhes mensageiro para orientá-los para a luz do islam, sem imposição. porém, esses povos combateram os muçulmanos. o dever destes era enfrentar a agressão. certamente, enfrentar o mal e os agressores é um dever em todas as religiões. é o que foi dito por jesus (as) no final de sua vida, quando descobriu a trama dos judeus contra ele. ele disse: “mas agora, aquele que tiver bolsa, tome-a, como também o alforje; e, quem não tem espada, venda o seu vestido e compre-a.” (lucas, 22:36). a maldade precisa ser enfrentada com a força. a conversa e o diálogo apenas não são suficientes.


o filósofo americano, will durant, disse que o número de anos de guerra da humanidade é de 3421 anos e o número dos anos de paz é de 268 anos. isso comprova que quando o mal aumenta deve ser enfrentado.”


os muçulmanos quando ingressaram em muitos países não obrigaram ninguém a adotar o islam, deixando a todos a liberdade religiosa, protegendo igrejas e sinagogas. os cristãos, na época de decledianus, sofreram perseguições, assassinatos, a tal ponto que foi denominada de época dos mártires. isso, sem contar com os pesados impostos sobre o povo egípcio. quando o islam chegou, trouxe com ele a justiça, impondo apenas a jizia (taxa de proteção) para aquele que conseguia empunhar armas, não obrigando o cristão defender a religião que ele não adota. algumas fontes cristãs do egito disseram que 30% dos coptas do egito pagavam esse imposto.


podemos imaginar como os povos que agrediram os muçulmanos se converteram ao islam quando perceberam a sua tolerância, a exemplo dos tártaros e dos cruzados. quem analisa a vida do rassulullah (s) descobre que a primeira batalha travada pelos muçulmanos foi 15 anos depois do início da revelação, a batalha de badr, em defesa da divulgação e dos muçulmanos. em todas as batalhas que o rassulullah (s) participou foram mortos 756 pessoas de ambos os lados, 317 muçulmanos e 439 inimigos. o rassulullah (s) não matou sequer um só inimigo. algumas narrativas revelam que ele matou um só inimigo.


pelo que vimos fica claro que as alegações que acusam o islam de ter-se expandido por intermédio da espada são infundadas. na próxima semana vamos falar da ética que o islam estabeleceu a respeito do combate ao inimigo.
peço a deus que oriente a todos nós para todo o bem.

 


fontes:
1 .a história da civilização – will durant
2. memórias de headly
3. a civilização árabe – gustave le bom
4. introdução da tradução inglesa do alcorão sagrado – george sale

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