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Muhammad foi o Autor do Alcorão?

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1776 2014/02/27 2024/03/28

Quem foi o autor do Alcorão?  Alguém deve tê-lo produzido!  Afinal de contas, quantos homens do deserto se destacaram na história da humanidade e deram ao mundo um livro como o Alcorão?  O livro tem detalhes admiráveis de nações, profetas e religiões passados, e também informação científica precisa que não estava disponível na época.  Qual foi a fonte de tudo isso?  Se nós negarmos a origem divina do Alcorão, somos deixados com poucas possibilidades:

 

- O Profeta Muhammad foi o seu autor.

 

- Ele o obteve de alguém.  Nesse caso, ou ele o obteve de um judeu ou um cristão ou de estrangeiros na Arábia. Os habitantes de Meca não pensaram em acusá-lo de tê-lo obtido de um deles.

 

Uma resposta breve de Deus é:

 

“E afirmam: ‘São fábulas dos primitivos que ele mandou escrever. São ditadas a ele, de manhã e à tarde!’  Dize-lhes: ‘Revelou-mo Quem conhece o mistério dos céus e da terra.   De fato, Ele é Indulgente, Misericordiosíssimo.’” (Alcorão 25:5-6)

 

Era bem conhecido entre seus detratores que Muhammad, que cresceu entre eles, nunca aprendeu a ler ou escrever.  Eles sabiam de quem ele era amigo e para onde ele tinha viajado; eles reconheciam sua integridade e honestidade chamando-o de ‘Al-Amin,’ o Confiável, o Honesto.[1]  Apenas por conta de sua repulsa contra a pregação dele eles o acusaram – e então o fizeram com qualquer coisa que puderam inventar: ele foi acusado de ser um mago, um poeta e até um impostor!  Eles não conseguiram decidir.  Deus diz:

 

 

“Sabemos, melhor do que ninguém, quando vêm escutar-te e porque o fazem; e quando se encontram em confidência, os iníquos dizem: Não seguis senão um homem enfeitiçado!” (Alcorão 17:47)

 

Simplesmente, Deus está ciente de tudo nos céus e na terra, Ele sabe o passado e o presente, e revela a verdade a Seu profeta.

Muhammad Podia Ser o Autor?

 

É impossível que Muhammad seja o autor do Alcorão devido às seguintes razões:

 

Primeiro, várias ocasiões se apresentaram onde ele poderia ter fabricado uma revelação.  Por exemplo, após a primeira revelação, as pessoas esperaram para ouvir mais, mas o Profeta não recebeu nada novo por meses.  Os habitantes de Meca começaram a ironizá-lo, ‘Seu Senhor o abandonou!’  Isso continuou até o capítulo 93, Ad-Doha, ser revelado.  O Profeta poderia ter compilado algo e apresentado como a última revelação para dar fim às ironias, mas ele não o fez.  Também, em um determinado momento durante a sua missão profética, alguns dos hipócritas acusaram sua amada esposa Aisha de não ser casta.  O Profeta poderia facilmente ter fabricado algo que a liberasse da culpa, mas ele esperou por muitos dias excruciantes, todos passados em dor, ironia e angústia, até que a revelação veio de Deus liberando-a da acusação.

 

Segundo, há evidência interna dentro do Alcorão de que Muhammad não foi seu autor.  Vários versículos o criticam e, às vezes, com palavras fortes.  Como um profeta impostor pode assumir uma culpa se isso pode levá-lo ao perigo da perda de respeito, acompanhada da perda de seguidores?  Aqui estão alguns exemplos:

 

“Ó Profeta!  Por que te absténs daquilo que Deus te concedeu, procurando, com isso, agradar as tuas esposas,   quando sabes que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo?” (Alcorão 66:1)

 

“...ocultando em teu coração o que Deus ia revelar; temais, acaso, mais as pessoas, sabendo que Deus é mais digno de que O temas?” (Alcorão 33:37)

 

“É inadmissível que o Profeta e os crentes implorem perdão para os idólatras, ainda que estes sejam seus parentes carnais, ao descobrirem que são companheiros do Fogo.” (Alcorão 9:113)

 

“Porém, quem recorre a ti e é temente, tu o negligenciais!  Não!  Em verdade, (o Alcorão) é uma mensagem de advertência.” (Alcorão 80:8-11)

 

Se ele ocultasse algo, ele ocultaria esses versículos, mas ele os recitou fielmente.

 

“E ele [Muhammad] não é avaro, quanto ao incognoscível.  E não é [o Alcorão] a palavra do maldito Satanás.  Assim, pois, aonde ides?  Certamente, não é mais do que uma mensagem, para o universo.” (Alcorão 81:24-27)

 

O Profeta é prevenido, talvez advertido, nos seguintes versículos:

 

“Realmente, revelamos-te o Livro, a fim de que julgues entre os humanos, segundo o que Deus te ensinou.  Não sejas defensor dos pérfidos.  E busque o perdão de Deus.  De fato, Ele é Indulgente, Misericordiosíssimo.  Não advogues por aqueles que enganaram a si mesmos.  De fato, Deus não aprecia o pérfido, pecador.  Eles se ocultam das pessoas, não podendo, contudo, ocultar-se de Deus, porque Deus está pressente, com eles, quando, à noite, discorrem sobre o que Ele desagrada.  Deus está inteirado de tudo quanto fazem.  Eis que vós, na vida terrena, advogastes por eles. Quem advogará por eles, ante Deus, no Dia da Ressurreição ou quem será seu defensor?  E quem cometer uma má ação ou se condenar e, em seguida (arrependido), implorar o perdão de Deus, sem dúvida achá-Lo-á Indulgente, Misericordiosíssimo.  Quem cometer um pecado, fá-lo-á em prejuízo próprio.  Porque Deus é Sapiente, Prudentíssimo.  Quem cometer uma fala ou um pecado, e os imputar a um inocente, sobrecarregar-se-á com uma falsa imputação e um delito fragrante.  Não fosse pela graça de Deus e por Sua misericórdia para contigo, uma parte deles teria conseguido desviar-te, quando com isso não fariam mais do que desviarem-se a si mesmos, sendo que em nada poderiam prejudicar-te.   Deus revelou-te o Livro e a prudência e ensinou-te o que ignoravas,  porque a Sua graça para contigo é infinita.” (Alcorão 4:105-113)

 

Esses versículos explicam uma situação na qual um homem entre os habitantes de Medina roubou uma armadura e a escondeu na propriedade de seu vizinho judeu.  Quando os donos da armadura o pegaram ele negou ter feito qualquer coisa errada, e a armadura foi descoberta com o judeu.  Ele, entretanto, apontou seu vizinho muçulmano, negando também seu envolvimento no crime.  As pessoas da tribo do muçulmano foram até o Profeta para interceder por ele, e o Profeta começou a tender a seu favor, até que os versículos acima foram revelados livrando o judeu de qualquer culpa.  Tudo isso apesar da rejeição dos judeus pela missão profética de Muhammad!  Os versículos instruíram o Profeta Muhammad a não ficar do lado do mentiroso!  Os versículos:

 

“...e não advogueis por aqueles que enganaram a si mesmos e busque o perdão de Deus...e se não fosse pela graça de Deus e por Sua misericórdia para contigo, uma parte deles teria conseguido desviar-te...”

 

Se o próprio Muhammad fosse o autor do Alcorão, sendo portanto um mentiroso impostor, ele teria se assegurado de que não houvesse nada que pudesse prejudicar a conquista de seguidores e apoiadores.  O fato de que o Alcorão, em várias ocasiões, repreende o Profeta em certos assuntos nos quais ele havia feito um julgamento incorreto é, em si, uma prova de que ele não foi o seu autor.

 

Footnotes:

 

[1] ‘Muhammad: His Life Based on the Earliest Sources’ (Muhammad: Sua Vida Baseada nas Primeiras Fontes’, em tradução livre ) por Martin Lings, p. 34.

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