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As grandes mulheres por trás de grandes homens (parte 1 de 4): A mãe

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1649 2015/07/27 2024/11/17

Por trás de todo grande homem existe uma mulher. Por trás de todo homem existe uma grande mulher. Por trás de cada homem bem-sucedido existe uma mulher.  Essas são três versões diferentes de um ditado antigo, mais lembrado como um lema feminista dos anos 1960 e 1970.  Quando se pensa a respeito, soa verdadeiro.  Como respondemos quando ouvimos sobre o homem cuja mãe abriu mão de tudo para dar-lhe uma educação, a mulher que trabalhava em 3 empregos para educar os filhos e a mulher que fica em silêncio no pano de fundo enquanto o marido ascende ao poder como estadista, homem de negócios, político ou educador? Os homens vão às alturas enquanto as mulheres em suas vidas os nutrem, dão apoio e encorajam para que sejam os melhores homens que podem ser.  Até os profetas de Deus se beneficiaram do conselho sábio das mulheres em suas vidas.

Hoje começamos uma série de artigos sobre as grandes mulheres que ficaram não atrás, mas ao lado dos homens em suas vidas.  Essas grandes mulheres, de suas maneiras individuais, apoiaram e encorajaram os homens cujas vidas estavam repletas de perigos e mudanças monumentais.  Mães, esposas, filhas; a influência dessas mulheres sobre esses homens em suas vidas foi notável.  O Islã chama essas mulheres de o melhor da humanidade.

"As melhores mulheres da humanidade são quatro: Maria a filha de Imran Aasiyah a esposa do Faraó, Khadija bint Khuwaylid (a esposa do Profeta Muhammad), e Fátima, a filha de Muhammad, o Mensageiro de Deus[1]."

A chave do sucesso para qualquer mulher é viver de acordo com a orientação de Deus.  Como sabemos, essa orientação está contida e foi completada pelo Alcorão e as tradições do profeta Muhammad.  Comecemos com as mães. O Islã enfatiza seu papel importante em várias ocasiões.  O profeta Jesus, que a paz esteja sobre ele, diz: "... Ele me fez abençoado, onde quer que eu esteja, e me recomendou as orações, a caridade, enquanto eu viver. Ele me fez carinhoso com a minha mãe, e Ele não me fez insolente, infeliz." (Alcorão 19:30-32)

"Quando os anjos disseram, ‘Ó Maria! Por certo Deus te escolheu e te purificou, e te escolheu sobre todas as outras mulheres dos mundos." (Alcorão 3:42)

O genro do profeta Muhammad e companheiro próximo, Ali, disse: "Ouvi o profeta de Deus dizer que Maria, a filha de Imran, era a melhor entre as mulheres." [2]

Mariam, a palavra árabe para Maria, significa serva de Deus.  Maria, a mãe de Jesus, foi dedicada a Deus antes de nascer.  A mãe de Maria dedicou o filho ao templo e ao fazê-lo assegurou a liberdade de Maria, porque entendeu que a verdadeira liberdade só era alcançável por meio da submissão completa a Deus.

Maria cresceu tendo confiança completa em Deus e a história dela pode ser encontrada no Alcorão, particularmente nos capítulos 3 e 19.  No capítulo 5 do Alcorão Maria é chamada siddiqa (verdadeira) e a palavra árabe siddiqa implica mais que apenas falar a verdade.  Indica alguém que alcança um nível muito elevado de retidão.  Significa que é verdadeiro não somente consigo mesmo e aqueles ao seu redor, mas também com Deus.  Maria foi uma mulher que cumpriu sua aliança com Deus, a Quem ela adorava com submissão total.  Era piedosa, casta e devota; a mulher escolhida acima de todas as outras para ser a mãe de Jesus.

Depois do nascimento de Jesus, Maria enfrentou dificuldades incríveis. Embora fosse uma jovem mulher de fé, caráter e autocontrole, tente imaginar a coragem necessária para retornar para sua aldeia com um bebê nos braços. Deixou a aldeia como uma mulher jovem, não muito mais velha que uma criança, mas com uma reputação de piedade e retidão.  Retornou como uma mãe solteira de um recém-nascido. Imagine as conversas, a fofoca e as acusações. Quando as pessoas da cidade a cercaram e questionaram, ela seguiu as instruções de Deus e não falou.  O próprio Jesus, um bebê nos braços de Maria, falou, se declarando um profeta de Deus. (Alcorão 19:30)

O Islã nos conta muito pouco sobre a vida compartilhada por Jesus e sua mãe Maria. Claro, podemos depreender que Maria foi uma mulher de seu tempo. Com exceção de sua educação e possivelmente capacidade de ler, Maria teria vivido e aprendido exatamente como as outras garotas judias ao seu redor. Limpava a casa, cozinhava, costurava, caminhava até o poço para buscar água, mas acima de tudo era uma educadora. É fácil imaginar Jesus sentado em seu colo ou aos seus pés ouvindo as histórias de seu povo e suas orações. Também deve ter experimentado de perto o amor e confiança profundos que Maria em Deus. Quanto do caráter de Maria influenciou Jesus enquanto ele crescia?  Muito, é a resposta mais provável.

Quando Jesus cresceu e começou sua missão, Maria deve ter se comportado como qualquer outra mãe. Provavelmente engoliu as lágrimas e encorajou o filho a se empenhar para agradar a Deus. Maria deve ter sentido o perigo da missão de Jesus e, ainda assim, sem dúvida manteve sua confiança total em Deus e transmitiu ao filho sua sensação de contentamento com a vontade de Deus.

O papel da mãe é monumental e impressionante. Ela não só passa pelas alegrias e dificuldades da gravidez e parto, mas dedica toda sua vida a educar e cuidar de seus filhos.  É responsabilidade dela criá-las e educá-las para serem seres humanos virtuosos e piedosos.  Cozinha, limpa, alimenta e educa e também é responsável pelo seu bem-estar e saúde espiritual, emocional e física. O papel de uma mãe não termina quando o filho cresce e começa sua própria vida, mas prossegue e continua a influenciar os filhos e netos.

Na época atual, quando o papel da maternidade está sendo minado a todo o momento, as mulheres devem obter forças das grandes mulheres como Maria, a mãe de Jesus.



Notas de rodapé:

[1]Saheeh Al-Bukhari, Saheeh Muslim

[2] Saheeh Al-Bukhari

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