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BIOGRAFIA DE MUHAMMAD (PARTE 11 DE 12): O RETORNO À MECA

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735 2019/06/23 2024/11/23

A Campanha de Khaibar

No sétimo ano da Hégira o Profeta, que Deus o louve, liderou uma campanha contra Khaibar, a fortaleza das tribos judaicas na Arábia do Norte, que se tornou um vespeiro de seus inimigos.  Os judeus de Khaibar se tornaram arrendatários dos muçulmanos.  Foi em Khaibar que uma mulher judia preparou carne envenenada para o Profeta, da qual ele só provou um pequeno pedaço.  Mal o pedaço tocou seus lábios ele percebeu que estava envenenado.  Sem engoli-lo, avisou seus companheiros do veneno, mas um muçulmano, que já tinha engolido uma boa porção, morreu depois.  A mulher que cozinhou a carne foi condenada à morte.


Peregrinação à Meca

No mesmo ano a visão do Profeta foi cumprida: ele visitou Meca sem enfrentar oposição.  De acordo com os termos do tratado os idólatras evacuavam a cidade e das montanhas vizinhas observavam o procedimento dos muçulmanos.


Tratado quebrado pelos Coraixitas

Um pouco depois, uma tribo aliada dos Coraixitas quebrou o tratado atacando uma tribo que era aliada do Profeta, massacrando-os no santuário em Meca.  Depois ficaram com medo do que tinham feito.  Enviaram Abu Sufyan para Medina para pedir que o tratado existente fosse renovado e seu termo prolongado.  Esperavam que ele chegasse antes da notícia do massacre.  Mas um mensageiro da tribo atacada chegou antes dele e Abu Sufyan falhou novamente.


Conquista de Meca

Então o Profeta convocou todos os muçulmanos capazes de portar armas e marchou para Meca.  Os Coraixitas estavam apavorados.  Sua cavalaria se postou antes da cidade, mas foi desbaratada sem derramamento de sangue; e o Profeta entrou em sua cidade natal como conquistador.


Os habitantes esperavam vingança por seus erros passados, mas o Profeta proclamou uma anistia geral.  Em seu alívio e surpresa, toda a população de Meca correu para jurar lealdade.  O Profeta ordenou que todos os ídolos que estavam no santuário fossem destruídos, dizendo: “A verdade chegou; as trevas se foram”; e o chamado muçulmano para a oração foi ouvido em Meca.


Batalha de Hunain

No mesmo ano houve um encontro enraivecido de tribos pagãs ansiosas para reconquistar a Caaba.  O Profeta liderou doze mil homens contra eles.  Em Hunain, uma ravina profunda, suas tropas foram emboscadas pelo inimigo e quase fugiram.  Foi com dificuldade que foram reunidos ao Profeta e seu corpo de guarda de companheiros fiéis que se mantiverem firmes.  Mas a vitória, quando veio, foi completa e o botim enorme, porque muitas das tribos hostis tinham trazido com elas tudo que possuíam.


Conquista de Taif

A tribo de Taqif estava entre os inimigos em Hunain.  Depois daquela vitória sua cidade de Taif foi cercada pelos muçulmanos e finalmente subjugada.  Então o Profeta nomeou um governador de Meca e ele próprio retornou para Medina para alegria dos Ansar, que temiam que agora que ele tinha reconquistado sua cidade natal, pudesse esquecê-los e fazer de Meca a capital.


A Expedição de Tabuk

No nono ano da Hégira, ao ouvir que um exército estava se reunindo novamente na Síria, o Profeta chamou todos os muçulmanos para suportá-lo em uma grande campanha.  Apesar da enfermidade, o Profeta liderou um exército contra a fronteira Síria no meio do verão.  A longa distância, o calor, o fato de que era tempo de colheita e o prestígio do inimigo fez com que muitos usassem isso como desculpa para ficar para trás e muitos outros se isentaram sem desculpa alguma.  Acamparam aquela noite sem comida ou bebida, se abrigando atrás de seus camelos, e assim alcançaram o oásis de Tabuk, retornando finalmente para Meca depois de converter várias tribos.  Mas a campanha terminou de forma pacífica.  O exército avançou para Tabuk, na fronteira da Síria, mas lá souberam que o inimigo ainda não havia se reunido.


Declaração de Imunidade

Embora Meca tivesse sido conquistada e seu povo fosse agora muçulmano, a ordem oficial da peregrinação não havia mudado; os árabes pagãos a realizavam de sua maneira e os muçulmanos de sua maneira.  Foi apenas depois da caravana de peregrinos ter deixado Medina no nono ano da Hégira, quando o Islã era dominante na Arábia do Norte, que a Declaração de Imunidade, como é chamada, foi revelada.  Seu teor era que depois daquele ano apenas os muçulmanos fariam a peregrinação, com exceção para os idólatras que tinham um tratado em andamento com os muçulmanos e nunca tivessem quebrado seus tratados e nem apoiado ninguém contra aqueles com quem tinham tratados.  Esses desfrutariam os privilégios de seu tratado para o termo acordado, mas quando seu tratado expirasse seriam como os outros idólatras.  Essa proclamação colocou um fim à idolatria na Arábia.

 

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