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As Grandes Perguntas (parte 1 de 3): Quem Nos Fez?

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1959 2014/02/01 2024/12/21

Em algum ponto de nossas vidas, todos fazemos as grandes perguntas: “Quem nos fez,” e “Por que estamos aqui?”

Então quem nos fez?  Os ateus falam do Big Bang e da evolução, enquanto todos os outros falam de Deus.  Aqueles que respondem “eu não sei” são ateus para todas as intenções e propósitos, não porque negam a existência de Deus, mas porque não a afirmam.


O Big Bang pode explicar a origem do universo, mas não explica a origem da nuvem de poeira primordial.  Essa nuvem de poeira (que, de acordo com a teoria, se contraiu, compactou e então explodiu) tinha de vir de algum lugar.  Afinal, continha matéria suficiente para formar não apenas a nossa galáxia, mas bilhões de outras galáxias no universo conhecido.  De onde aquilo veio?  Quem, ou o que, criou a nuvem de poeira primordial?


De forma semelhante, a evolução pode explicar o registro fóssil, mas não consegue explicar a quintessência da vida humana – a alma.  Todos nós temos uma.  Sentimos sua presença, falamos de sua existência e às vezes oramos por sua salvação.  Mas apenas os religiosos podem explicar de onde ela vem.  A teoria da seleção natural pode explicar muitos dos aspectos materiais dos seres vivos, mas não consegue explicar a alma humana.


Além disso, qualquer um que estude as complexidades da vida e do universo não pode deixar de testemunhar a assinatura do Criador.[1]  Se as pessoas reconhecem ou não esses sinais é outra questão. O ponto é que se vemos uma pintura, sabemos que existe um pintor.  Se vemos uma escultura, sabemos que existe um escultor; um cântaro, um oleiro.  Então quando vemos a criação, não devemos saber que existe um Criador?


O conceito de que o universo explodiu e então se desenvolveu em uma perfeição equilibrada através de eventos aleatórios e seleção natural é pouco diferente da proposta de que, ao jogar bombas em um ferro velho, mais cedo ou mais tarde um deles explodirá e formará um perfeito Mercedes.


Se existe algo que sabemos com certeza, é que sem uma influência controladora, todos os sistemas degeneram em caos.  As teorias do Big Bang e da evolução propõem o exato oposto, entretanto – que o caos promoveu perfeição.  Não seria mais razoável concluir que o Big Bang e a evolução foram eventos controlados?  Controlados pelo Criador?


Os árabes contam a história de um nômade que encontra um palácio maravilhoso em um oásis no meio de um deserto estéril.  Quando ele pergunta como foi construído, o dono diz que ele foi formado pelas forças da natureza.  O vento formou as rochas e as soprou para esse oásis, e então as derrubou e arrumou na forma do palácio.  Então ele soprou fios de lã e formou tapetes e tapeçarias, pegou pedaços de madeira e os reuniu fazendo os móveis, portas, peitoris e soleiras, e os posicionou no palácio nos locais corretos.  Raios derreteram a areia em folhas de vidro fazendo os vidros da janela, e fundiram areia negra transformando em aço, que foi moldado para formar a cerca e portão com alinhamento e simetria perfeitos.  O processo levou bilhões de anos e aconteceu apenas nesse lugar na terra – por pura coincidência.


Quando paramos de revirar os olhos, nós entendemos onde se quer chegar.  Obviamente, o palácio foi construído a partir de um projeto, não por acaso.  A que (ou mais exatamente, a Quem), então, devemos atribuir a origem de itens de complexidade infinitamente maiores, como o nosso universo e nossas vidas?


Um outro argumento clássico para o ateísmo foca no que as pessoas percebem como imperfeições da criação.  Esses são os argumentos “Como pode haver um Deus se isso e aquilo aconteceu?”   A questão sob discussão pode ser qualquer coisa desde um desastre natural a defeitos congênitos, de genocídio ao câncer da avó.  Esse não é o ponto.  O ponto é que negar Deus baseado no que percebemos como injustiças da vida presume que um ser divino não teria projetado nossas vidas para qualquer outra coisa além do perfeito, e que teria estabelecido justiça na Terra.


Hummm... não existe nenhuma outra opção?

Nós podemos facilmente propor que Deus não projetou a vida na Terra para ser um paraíso, mas sim um teste, cujas punições ou recompensas serão recebidas na outra vida, que é onde Deus estabeleceu Sua justiça suprema.  Em apoio a esse conceito nós podemos perguntar quem sofreu mais injustiças nessa vida terrena do que os favoritos de Deus, que são os profetas?  E quem nós esperamos que ocupe as mais altas posições no paraíso, se não aqueles que mantêm fé verdadeira em face da adversidade terrena?


Eu espero que, através dessa linha de raciocínio, nós possamos concordar sobre a resposta da primeira “grande pergunta.”  Quem nos fez?  Podemos concordar que se somos a criação, Deus é o Criador?

Se não pudermos concordar nesse ponto, provavelmente não faz muito sentido continuar.  Entretanto, para aqueles que concordam, vamos prosseguir para a “grande pergunta” número dois – por que estamos aqui?  Qual, em outras palavras, é o propósito da vida?

 

Copyright © 2009 Laurence B. Brown.

Sobre o Autor:
Laurence B. Brown, MD, pode ser contatado em BrownL38@yahoo.com.  Ele é o autor de The First and Final Commandment (Amana Publications) e Bearing True Witness (Dar-us-Salam).  Os próximos livros são um suspense histórico, The Eighth Scroll, e uma segunda edição de The First and Final Commandment, reescrito e  dividido em MisGod’ed e sua seqüência, God’ed.

 



Footnotes:

Para esse fim, e deixando de lado as inclinações religiosas do autor, eu recomendo a leitura de “A Short History of Nearly Everything”, de Bill Bryson.

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