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A educação feminina
A questão da educação das meninas é deveras importante, particularmente nesta era em que vivemos.
Não há divergência alguma no facto de o homem e a mulher, o rapaz e a menina, serem pilares fundamentais portanto, partes importantes da sociedade, pois sem um e outro, o conceito de vida e de lar ficará incompleto.
Não se pode compreender Deus, o Universo, a si próprio, ou à relação existente entre estes três elementos, ou mesmo à questões importantes relacionadas à vida, sem a sabedoria e a educação.
A educação é uma arma e um meio para o Ser Humano adquirir a perfeição externa e interna, sendo imprescindível tanto ao homem como à mulher.
Uma pessoa sem conhecimento assemelha-se a um morto, pois com a criação do Ser Humano, Deus organizou também os meios para a sua educação.
Não foi por acaso que Deus iniciou a Revelação com a menção da ciência e da caneta, pois com isso quis indicar que a consequência de uma vida sem caneta e sem sabedoria apresenta-se-nos numa forma semelhante à da morte.
A ciência e a sabedoria são necessárias, mesmo para se poder entender a relação e o respeito entre o homem e a mulher. Por isso, da mesma maneira que a educação é necessária para os homens, também o é para as mulheres aliás, se olharmos para a parte prática da vida e a edificação exemplar da sociedade, podemos considerar que a educação é mais importante para as meninas do que para os rapazes, pois se elas forem educadas, melhor conseguirão criar e educar os filhos e a família inteira, se tivermos em conta que uma mãe não educada nunca poderá criar e educar os seus filhos no nível desejado, daí o ditado que diz “Educar um homem é educar uma pessoa, mas educar uma mulher é educar uma nação”.
No que respeita à educação, o Isslam não descrimina entre rapaz e menina, pois a sua importância é igualmente extensiva a ambos. Pode é haver formas diferentes na base das suas funções distintas isto é, pode-se considerar algumas ciências relativamente mais importantes para as mulheres do que para os homens, e outras relativamente mais importantes para os homens do que para as mulheres, mas no que respeita à educação em si, não há diferença entre rapazes e raparigas, pois tudo o que é importante que o homem saiba, também o é para a mulher, seja no campo religioso, social, académico, científico, médico, etc.
Por isso não se pode descriminar as meninas na educação, pois elas também são parte integrante da sociedade aliás, elas são uma das metades da sociedade, e qualquer programa que seja traçado tendo por objectivo o bem da Humanidade, deve obrigatoriamente integrar as mulheres, pois é injusto excluí-las.
O Isslam deu ênfase à educação feminina nos primórdios do seu ressurgimento, quando muitos ainda consideravam a mulher “Filha de Satanás” e fonte de problemas no Mundo.
Quer parecer que essa posição isslâmica é indiscutível. Pode-se é discutir as diferentes formas, como a questão da separação com o sexo oposto, as escolas exclusivas para elas, isso na base da postura natural e biológica dos géneros masculino e feminino.
O Isslam defende a existência de escolas separadas, sendo rapazes para um lado e raparigas para outro, isto para se evitarem grandes males que possam surgir, decorrentes da livre junção e circulação de homens e mulheres. Isso para proteger a sua modéstia e castidade, e ajudá-las a se concentrarem melhor nos seus estudos.
Hoje, nós aqui em Moçambique confrontamo-nos com os males dessa mistura. Um dos males é a gravidez precoce nas escolas entre alunos adolescentes, ou entre alunas e seus professores, o que leva muitas vezes a que as meninas sejam obrigadas a abandonar prematuramente os seus estudos.
O sistema de educação misto destrói a relação sagrada e séria entre o professor e a sua aluna. Quantos casos foram já reportados em jornais, em que alunas, a troco de notas de acesso a exames aceitam envolver-se sexualmente com os professores? E é por isso mesmo que muitas mentes corruptas insistem no sistema de educação misto, não se importando com os males que isso acarreta à própria educação feminina.
O Isslam defende o livre acesso das meninas à educação, pois é absolutamente inaceitável que tenhamos uma metade da sociedade iletrada.
Deve-se criar um ambiente propício para que as meninas estudem, pelo que apoiamos a política de educação gratuita e obrigatória para todos, que o governo tem estado a implementar. Deve-se é pensar na forma e na qualidade dos currículos.
Os nossos filhos são o futuro do nosso País, e nisso também estão incluídas as meninas. Os pequenos de hoje serão os grandes de amanhã, e só a educação é que poderá tornar grandes os nossos pequenos.
A educação é um direito fundamental também das meninas, pois a vontade de desenvolver os seus conhecimentos faz parte do instinto humano de todos.
E elas têm também muitas obrigações por cumprir, desde as familiares, às sociais, às patrióticas, etc. E tudo isso exige que elas sejam educadas, pois sem educação não poderão cumprir com tais obrigações.
É impossível termos na prática uma sociedade exemplar sem que eduquemos as meninas. Para tal, o governo e a sociedade têm que colaborar e empreender todos os esforços possíveis para educar tanto rapazes como meninas.