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Paz e Segurança (parte 2 de 3): Sociedade
Sua liberdade de agitação interior deve definitivamente, por tanto, afetar como ele interage com aqueles ao seu redor. Isso começa com os mais próximos a ele em sua família e se estende aos seus vizinhos e outros na comunidade, abrangendo, por fim, a humanidade como um todo. Assim, o Islã estabelece uma estrutura social inteira na qual as pessoas interagem com outras baseadas em relacionamentos, direitos e obrigações, de maneira a proporcionar uma coexistência pacífica. As crianças reconhecem os direitos de seus pais sobre elas, enquanto os pais reconhecem seus papéis em relação a seus filhos. Maridos e esposas se unem não como competidores, mas como parceiros que cooperam para produzir um lar repleto de paz e amor. De fato, Deus aponta para essa relação que criou como um grande sinal:
“Entre os Seus sinais está o de haver-vos criado companheiras da vossa mesma espécie, para que com elas convivais; e colocou amor e piedade entre vós. Por certo que nisto há sinais para os sensatos.” (Alcorão 30:21)
Dessa forma Deus estabeleceu leis estritas que protegem a santidade do lar, como as leis referentes ao adultério, fornicação e calúnia. A razão é que o lar é verdadeiramente a fundação para a sociedade como um todo. Se não houver paz no lar, não se pode esperar que as pessoas saiam de suas casas em um estado inquieto e sejam membros pacíficos e cumpridores de deveres na sociedade.
Uma vez que a orientação do Islã cobre não apenas o que é tradicionalmente conhecido como “lei”, mas também conduta e comportamento éticos, o Islã fornece orientação detalhada para a maneira na qual os membros de uma sociedade devem interagir uns com os outros. Existe grande ênfase no respeito mútuo, com cada membro da sociedade percebendo que é parte de uma unidade maior que implica em direitos e obrigações. Esse sentimento mútuo produz uma sociedade que é cheia de paz, na qual cada indivíduo cuida do bem-estar e necessidades dos outros membros da sociedade.
Assim, quando o Islã é implementado, o indivíduo encontra paz ao seu redor, em si mesmo e em toda a sociedade. De fato, até a paz mundial só pode realmente vir quando houver justiça. Em anos recentes mais e mais pessoas têm percebido esse fato e enfatizado: “Não existe paz sem justiça.” (Justiça muitas vezes é um lema usado quando se vai à guerra, mas geralmente não é nada além disso, um lema). Mas não pode haver justiça ou verdadeiras até que as pessoas se elevam acima dos interesses nacionais, étnicos, econômicos ou políticos. Não pode haver justiça ou paz verdadeira enquanto as pessoas continuarem a acreditar que podem ir à guerra contra outras simplesmente por conta de seus próprios interesses econômicos, como, por exemplo, para explorar recursos naturais que estão na terra de outros. Justiça verdadeira só pode ocorrer quando as pessoas se dedicarem a Deus, aplicando Sua orientação ao mesmo tempo em que removem seus egos e desejos de suas decisões.
Na Vida Futura, claro, será apenas através da crença em Deus e na observância de Sua orientação que se alcançará paz eterna. Deus deixa muito claro que é para isso que Ele de fato conclama os humanos:
“Deus convoca à morada da paz e encaminha à senda reta quem Lhe apraz”. (Alcorão 10:25)
Antes de deixar essa questão sobre paz existe um assunto muito importante, mas talvez sua discussão completa esteja além do escopo desse artigo: pode alguém ter paz interior verdadeira quando a vida que está levando nessa vida não lhe dá qualquer pista de como se sairá na Vida Futura, ou se existir uma desconexão completa entre as duas ou, ainda, se parecer existir alguma contradição entre as duas? Por exemplo, capitalismo, socialismo e democracia prometem fornecer algo nesse mundo e, ainda assim, na realidade, não podem prover nada ao indivíduo com relação à Vida Futura. Assim, deixam um vácuo na vida do indivíduo que o impedirá de encontrar paz interior verdadeira. O resultado é que o indivíduo pode tentar dicotomizar sua vida: ser secular com relação a esse mundo e ter alguma forma de crença espiritual em relação à Vida Futura. Mas como ele pode saber se suas buscas seculares são compatíveis com o que seus ensinamentos espirituais lhe dizem que acontecerá na Vida Futura? Ele tem que se tornar esquizofrênico? Pior ainda, e se os ensinamentos espirituais nos quais acredita apontam para o fato de que sua vida mundana está errada, como quando seus ensinamentos espirituais lhes dizem que a carne e esse mundo são maléficos e assim por diante. Como indivíduos dessa natureza podem algum dia encontrar paz verdadeira em si mesmos?
Como o Islã Traz Segurança
A segurança pode ser considerada um corolário à questão da paz. Os fatores que trazem paz contribuem para o estabelecimento de segurança.
Entretanto, provavelmente a primeira coisa que vem à mente das pessoas quando pensam em segurança tem a ver com leis. Leis são definitivamente importantes para segurança, uma vez que determinam parâmetros de comportamento aceitável. Na verdade o Islã é uma religião que não apenas fornece princípios gerais para a vida, mas também fornece leis detalhadas. Essas leis ajudam a trazer paz e segurança. Paz e segurança sem dúvida serão os objetivos de qualquer sociedade. Entretanto, Deus é o único que tem o conhecimento dessa criação para ser capaz de determinar leis que tragam paz e segurança. Quanto aos humanos, estão sempre conjecturando. Pode-se apontar o exemplo da pena de morte (pena capital). A pena de morte é, com certeza, um dos maiores impedimentos para os principais crimes. Entretanto a União Européia a baniu completamente. Nos Estados Unidos as massas continuam mudando de opinião, nunca muito certa se é ou não uma coisa boa. Na realidade, nunca serão capazes de ter certeza. Isso porque jamais serão capazes de colocar humanos em uma experiência de laboratório e determinar se a pena de morte é mais positiva do que negativa. Assim, continuarão sempre conjecturando. Até a União Européia que é completamente contra, é de fato completamente contra com base em nada além de conjecturas. Por outro lado, um dos principais objetivos da lei islâmica é a preservação e continuação da vida. Como parte desse objetivo, a lei de talião e a pena de morte são parte da lei islâmica. Essas leis não têm como finalidade simplesmente punir. Essas leis têm a finalidade de proteger a vida, como Deus diz:
“Tendes, no talião, a segurança da vida, ó sensatos, para que vos refreeis.” (Alcorão 2:179)
Essa afirmação vem do único que pode fazer essa declaração e que sozinho conhece a realidade. Assim, ao se afastar da orientação de Deus, os humanos estarão sempre tateando e não parece provável, portanto, que serão capazes de recomendar um sistema social completo por conta própria que possa verdadeiramente produzir paz e segurança. Por isso, o Islã, a religião do Criador, é o único modo de vida que pode assegurar segurança.