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Os ensinamentos do Profeta sobre o hajj e a ‘umrah
Seus ensinamentos sobre a ‘umrah
- Ele fez a ‘umrah[1] quatro vezes. Elas foram:
1)A ‘umrah de al Hudaibiyah – os politeístas impediram que ele chegasse a Makkah, portanto, sacrificou seus animais e raspou sua cabeça no lugar onde estavam acampados, pondo fim ao estado de ihram.
2) A ‘umrah da compensação para a primeira, no ano seguinte.
3)A ‘umrah junto com o hajj.[2]
4)A ‘umrah de al Ya’ranah.
- Durante sua vida, nunca começou uma ‘umrah estando em Makkah; todas as que ele fez foi entrando na cidade, quando se encontrava fora dela.
- Também nunca foi relatado que houvesse feito mais de uma ‘umrah no mesmo ano.
- Todas as que fez foram nos meses do hajj, são eles: Shawwal, Dhul Qadah e Dhul Hijjah.
- Entretanto, disse: “Uma ‘umrah no mês de Ramadan equivale (em recompensa) a um hajj” (Bukhari e Muslim).
Seus ensinamentos sobre o hajj[3]
- Quando o hajj foi estabelecido como pilar do Islam, o Profeta se apressou em cumpri-lo. So fez o hajj uma vez e este foi a modalidade qiran.[4]
- O Profeta começou o ihram logo depois da oração do dhuhr e recitou a talbiah: “Labbaik-Allaahumma labbaik. Labbaika la sharika laka labbaik. Innal-hamda wan-ni`mata laka wa- mulk. La sharika lak” (Aqui estou, ó Senhor, respondendo ao Teu chamado – em obediência. Aqui estou, ó Senhor, respondendo ao Teu chamado – em obediência, não tens sócios. Todos os louvores e favores são pertencentes a Ti, assim como a soberania. Não tens sócios) – Muslim.
Ele levantou a voz com o talbiah de tal menira que era ouvido por seus companheiros. Disse-lhes: “Allah ordenou que levantem suas vozes com o talbiah”. Ele se manteve com esta talbiah enquanto as pessoas acrescentam ou reduziam algumas partes, mas ele não criticou isto. - No momento de vestir o ihram ele permitiu que seus companheiros escolhessem qualquer dos três formatos de hajj[5]. Quando eles se aproximaram de Makkah sugeriu àqueles que não tinham animais para o sacrifício a terminarem seu estado de ihram logo após a ‘umrah.[6]
- O Profeta fez o hajj montando em seu camelo e sua comida e bagagem também foram sobre o camelo.
A seguinte descrição é do hajj do Profeta e o método que seguiu: Assim que chegou em Makkah ordenou àqueles que não tinham animal para sacrifício que fizessem a ‘umrah somente e que terminassem o estado de ihram, mas, aqueles que tinham animal que continuassem em estado de ihram. Ele se encaminhou ao vale de Dhu Tuwa, onde passou a noite de domingo, o quarto dia de Dhul Hijjah. Ali fez a oração do fajr, tomou banho e entrou em Makkah de dia, a partir da área vizinha ao norte, az Zaniyah al ‘Ulia, onde se observava o Huyun. Ao entrar na mesquita sagrada, encaminhou-se até a kaabah[7] sem fazer a oração usual de saudação à mesquita. Quando estava em frente à Pedra Negra a beijou sem saudar ninguém. Logo iniciou o tawaaf (circundar a Kaabah) deixando a kaabah à sua esquerda e sem suplicar em sua porta ou em frente à fonte d’água, atrás da pedra ou nos cantos da mesquita. Foi relatado que, enquanto caminhava entre os cantos da kaabah, a da pedra negra e da esquina Yemeni, dizia: “Rabbana aatina fid-dunia hasanatan wa fil-aakhirati hasantan wa qina `adhaaban-naar” ( Senhor nosso, concede-nos o bem neste mundo e na próxima vida e protege-nos do tormento do Fogo). O Profeta não especificou palavras ou súplicas durante o tawaaf além destas já citadas. O Profeta ﷺ caminhava com pequenos passos durante as três primeiras voltas de seu tawaaf. Colocou sua roupa de tal forma que os dois extremos se juntavam em um dos ombros, enquanto o outro estava à mostra. Sempre que chegava em frente à pedra, apontava-a com o seu bastão a distância e beijava o seu bastão, dizendo: “Allahu akbar”. costumava tocar a esquina Yemeni, entretanto não a beijava e nem beijava sua mão depois de tocá-la. Após o tawaaf, posicionou-se, de pé, atrás do lugar de Ibrahim, as, e recitou: “Wattakhidhu min maqaami Ibrahima musalla” (e toma o lugar de Ibrahim como de oração)[8]. Fez dois rakaat entre o lugar de Ibrahim, as e a kaabah. Depois recitou a surah al fatiha, al Kafirun e al Ikhlaas. Então, voltou à pedra e beijou-a. Dirigiu-se à colia Safa e quando se aproximou dela recitou o versículo: “Innas Safa wal-marwata min sha’aa’irillah” (Em verdade, Safa e Marwah[9] estão entre os ritos de Allah) e acrescentou: “começo com o que Allah começou”. Então, subiu o monte Safa até que pode ver a Kaabah. Orientou-se na direção dela e disse: “La ilaaha ill-Aláhu wallaahu akbar, la ilaaha ill-Aláhu wahdahu la sharika lahu, lahul mulku wa lahul-hamdu, iuhi wa iumitu wa huwa `ala kulli shai'in qadir, la ilaaha ill-Aláhu wahdahu, anjaza wa`dahu wa nasara `abdahu wa hazamal-ahzaaba wahdah.” (Não há divindade afora Allah, único, sem sócios. Seu é o domínio e Seu é todo o louvor e Ele é, sobre todas as coisas, Poderoso. Não há divindade senão Allah, o Único. Ele cumpriu Sua promessa e apoiou Seu servo e derrotou somente os inimigos)[10]. Ele repetiu isso por três vezes, suplicando entre as repetições.
Iniciou o sa’i[11] descendo de Safa e caminhando até o monte Marwah. Quando alcançou o vale (hoje em dia demarcado) andou mais rapidamente. Começou o sa’i caminhando, mas concluiu montado, devido ao número de pessoas ao redor dele.
Quando chegou a Marwah subiu até o ponto em que avistou a kaabah. Ali fez as súplicas, tal como havia feito no monte Safa. Quando completou o sa’i em Marwah, ordenou a todos que não tivessem animal para sacrifício, que terminassem o estado de ihram[12], inclusive se tinham intenção de tipo qiraan ou ifrad do hajj.
O Profeta não terminou seu estado de ihram, pois havia trazido um animal consigo, mas disse: “Se soubesse antes o que seria agora, então não haveria trazido um animal e teria feito ‘umrah”[13]. O Profeta ﷺ suplicou três vezes por aqueles que raspavam seus cabelos e uma vez pelos que aparavam.
Ao longo de sua estadia em Makkah e até o dia de tarwiyah[14] costumava liderar as orações, encurtando-as.
Antes do meio-dia desse mesmo dia, ele e seus companheiros partiram para Mina e quem havia terminado seu estado de ihram entrava novamente, sentando em sua montaria.
Ao chegar em Mina desmontou e fez as orações do dhuhr, ‘asr, maghrib e ‘isha e passou a noite ali. Logo após a saída do sol, encaminhou-se à planície de Arafah. Alguns de seus companheiros estavam repetindo “Allahu akbar” e outros repetindo a talbiah e ele não corrigiu ninguém. Encontrou a barraca pronta para ele em Namirah – como havia requisitado. (Namirah não é parte de Arafah, mas sim uma aldeia ao oriente). Permaneceu ali até pouco depois do meio-dia, quando ordenou que sua camela, al Qaswah, fosse selada. Montou e foi até o vale dentro de arafah. Ali deu um sermão montando em sua camela.
Ali afirmou os fundamentos do Islam e aboliu os fundamentos do politeísmo e dos dias pré-islâmicos, da ignorância. Confirmou todas as proibições universalmente acordadas por todas as religiões e aboliu todas as práticas ilegais pré-islâmicas, incluindo juros e usura. Ordenou aos homens que tratassem bem as mulheres e que se apegassem ao Livro de Allah. Ele perguntou se havia comunicado a mensagem e ao ouvir a resposta afirmativa e unânime evocou Allah, swt, como testemunha. Quando terminou o sermão, Bilal, raa, que chamara o adhan, pronunciou o iqamah. Era uma sexta-feira; então, liderou a oração do dhuhr com duas rakaat de recitação silenciosa (apesar de ser sexta). Bilal, raa, fez um segundo iqamah e o Profeta ﷺ liderou a oração do asr com duas rakaat. Os habitantes de Makkah estavam com ele, mas não lhes recomendou que completassem a oração e nem tampouco lhes proibiu de unir as orações.
Ao completar sua oração, montou até chegar ao lugar de sua permanência. Quando algumas pessoas perguntaram se ele estava jejuando ou não, sua esposa, Maimunah, mandou um pouco de leite, o qual bebeu em frente às pessoas. Então, permaneceu em sua montaria, ao pé da montanha, sobre as rochas e se orientou em direção à quiblah com a corda em sua mão. Então, começou a suplicar e implorar fervorosamente a Allah e continuou assim até o pôr-do-sol.
Disse às pessoas que permanecessem na parte superior do vale de ‘Uranah, dizendo: “Eu me coloco de pé aqui, mas todo o Arafah é um lugar para manter-se de pé” (Muslim).
Enquanto estava suplicando, levantava suas mãos até o peito como um homem pobre pedindo comida. Dizia: “a melhor súplica é a súplica no dia de Arafah e o melhor que os Profetas anteriores e eu temos dito é: “la ilaaha ill-Allahu wahdahu la sharika lah. Lahul-mulku wa lahul-hamdu wa huwa `ala kulli shai'in qadir.” (Não há divindade exceto allah, único, sem sócios. Seu é o domínio e Seu é todo o louvor e Ele é, sobre todas as coisas, Poderoso).
Quando o sol se pôs por completo, partiu de Arafah, serenamente, com Usamah Bin Zaid, montando atrás dele ﷺ. Ele ﷺ puxou as rédeas de seu camelo, para reduzir a marcha, até que a cabeça do animal tocou a sela, e disse: “Ó gente, tenha calma. Apressar-se não é um sinal de justiça” (Bukhari).
Então, partiu pela rota de al Ma’zimain sendo que havia entrado em arafah a partir de Dhabb. Se movimentava a um passo moderado, mas acelerava sempre que havia um espaço aberto.
Continuou recitando a talbiah durante o caminho. Em certo ponto, desmontou, atendeu às suas necessidades fisiológicas, lavou-se e retomou sua viagem. Não orou até chegar em Muzdalifah, onde fez wudhu para a oração e ordenou que fosse feito o chamado do adhan e iqamah. Fez a oração do maghrib antes de acampar e de fazer os camelos se ajoelharem para descansar. Logo que colocou os camelos para descansarem, ordenou um segundo iqamah, mas sem adhaan. Fez a oração do isha sem nenhuma oração voluntária entre maghrib e isha. Então dormiu até o amanhecer e não passou a noite em adoração.
Essa mesma noite deu a permissão aos mais débeis dentre seus familiares para prosseguir para Mina antes do amanhecer, mas recomendou-lhes que não fizessem o rami (apedrejamento do pilar) antes do amanhecer. Tão logo amanheceu, fez a oração do fajr, depois do adhaan e iqamah. Montou até chegar a al Mash’ar al Haraam e disse às pessoas que todo Muzdalifah é lugar para permanecer. Orientou-se na direção da quiblah e começou a suplicar e louvar a Allah. Logo partiu de Muzdalifah antes da saída do sol, com al Fadl Bin Abbas, montado atrás dele ﷺ.
No caminho disse a Fadl Bin Abbas, raa, que recolhesse sete pedrinhas para ele. Sacudindo-as em sua mão, disse: “Usem pedrinhas similares para apedrejar e evitem o extremismo na religião” (an Nasai, Ibn Majah). Ao chegar a Muhassir, apressou-se, tomando a estrada do meio, que leva a Jamrah maior[15]. Continuou recitando a talbiah até chegar a Mina e começou, imediatamente, a apedrejar a Jamrah, logo após a saída do sol, montado em seu camelo. Jogou-as de uma vez, dizendo: “Allahu akbar” para cada pedra lançada.
Depois disso, retornou a Mina e pronunciou um eloqüente sermão. No qual informou às pessoas sobre a sacralidade de Makkah. Também ordenou às pessoas que obedecessem àqueles que seguem os ensinamentos do Livro de Allah e lhes ensinou os ritos do hajj. Então, encaminhou-se os local de sacrifício em Mina e sacrificou vinte e seis camelos com sua própria mão, enquanto estavam de pé com a sua pata esquerda amarrada. Depois pediu a ali, raa, que completasse o sacrifício de cem camelos. Também ordenou a Ali, raa, que os desse em caridade aos pobres. Indicou que a um açougueiro/sacrificador não se deve dar pagamento da carne sacrificada.[16] Ensinou que toda Mina é um lugar de sacrifício, assim como os caminhos e vales que levam à Makkah.
Ao terminar o sacrifício, chamou o barbeiro e pediu que raspasse sua cabeça, começando com o lado direito. Deu o cabelo a Abu Talha e disse: “distribua-o entre as pessoas” (Bukhari e Muslim).
Pediu perdão três vezes por aqueles que rasparam suas cabeças e uma vez pelos que apenas cortaram os cabelos. Aisha passou perfume nele antes que tirasse suas roupas do ihraam.
Logo partiu para Makkah em seu camelo, antes do meio-dia. Fez o tawaaf al ifaadhah[17] e não fez mais nenhum tawaaf, nem sa’i depois disso.[18] Não correu em seu tawaaf (nem no tawaaf de despedida); exceto durante o inicial.
Na continuação do tawaaf foi ao poço Zamzam onde encontrou pessoas bebendo. As pessoas entregaram-no um balde e ele bebeu de pé. Logo retornou a Mina onde passou a noite. Houve um desacordo sobre onde rezou o dhuhr neste dia. Ibn Umar, raa, relatou que fez o dhuhr em Mina, enquanto Jabir e Aisha, raa, disseram que havia sido em Makkah.
Na manhã seguinte esperou até que o sol passasse do meridiano e caminhou até os pilares (muro), onde começou o Jamrah (o menor) exatamente atrás da mesquita do Khaif. Lançou sete pedras, dizendo: “Allahu akbar” para cada uma delas.
Logo se dirigiu a Jamrah e orientando-se para a quiblah, levantou suas mãos e fez uma súplica longa, tão longa quanto a recitação da surah al Baqarah.
Logo após encaminhou para a Jamrah do meio e apedrejou da mesma forma. Moveu-se para a esquerda, até o vale e, orientado para a quiblah, levantou suas mãos e suplicou por quase o mesmo tempo que antes.
Ao terminar foi até o terceiro e maior Jamrah (al ‘Aqabah), de pé, com a Kaabah à sua esquerda e com Mina à sua direita, apedrejou com mais sete pedras. Ao completar o apedrejamento retornou sem colocar-se de pé para suplicar.
Terminou o apedrejamento antes da oração do dhuhr e, então, retornou para fazer a oração. Deu permissão a Abbas, raa, para passar as noites de Mina em Makkah para prover as pessoas com água.
O Profeta não se apressou em sua partida (em dois dias), senão que estendeu um pouco para completar o apedrejamento de todos os pilares em três dias. Depois de terminado, partiu, parando em Muhassab. Fez as orações do dhuhr, asr, maghrib e ishaa e descansou por alguns instantes. Seguiu para Makkah onde fez o tawaaf de despedida durante a noite – antes do amanhecer, sem correr. Desculpo-se à sua esposa, Safiyah, raa, do tawaaf de despedida, pois ela estava em seu período menstrual.
Permitiu à Aisha, raa, aquela noite, que fizesse a ‘umrah a partir de Tan’im[19], acompanhada de seu irmão, Abdur-Rahman, raa e, quando ela terminou, ele anunciou a partida a seus companheiros e todos partiram juntos.