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Uma Breve Introdução ao Islã (parte 1 de 2)

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2176 2013/11/21 2024/11/06

Islã e Muçulmanos

A palavra “Islã” é uma palavra árabe que significa “submissão à vontade de Deus.” Essa palavra vem da mesma raiz que a palavra árabe “salam”, que significa “paz”.  Como tal, a religião do Islã ensina que para alcançar verdadeira paz de espírito e certeza de coração, devemos nos submeter a Deus e viver de acordo com Sua Lei divinamente revelada.  A verdade mais importante que Deus revelou para a humanidade é que não há nenhuma divindade merecedora de adoração exceto Deus Todo-Poderoso e, dessa forma, todos os seres humanos devem se submeter a Ele.


A palavra “muçulmano” significa aquele que se submete a vontade de Deus, independente de sua raça, nacionalidade ou origem étnica.  Ser um muçulmano implica em submissão voluntária e obediência ativa a Deus e em viver de acordo com Sua mensagem.  Algumas pessoas acreditam equivocadamente que o Islã é apenas uma religião para árabes, mas nada poderia estar mais distante da verdade.  Além de existirem convertidos ao Islã em todos os cantos do mundo, especialmente Inglaterra e América, ao dar uma olhada no mundo muçulmano da Bósnia a Nigéria e da Indonésia ao Marrocos, pode-se ver claramente que os muçulmanos vêm de várias raças, grupos étnicos e nacionalidades.  Também é interessante notar que na verdade, mais de 80% de todos os muçulmanos não são árabes - existem mais muçulmanos na Indonésia do que em todo o mundo árabe!  Então, embora seja verdade que quase todos os árabes são muçulmanos, a grande maioria dos muçulmanos não é árabe.  Entretanto, quem quer que se submeta completamente a Deus e adore somente a Ele é um muçulmano.


Continuidade da Mensagem


O Islã não é uma religião nova porque “submissão a vontade de Deus”, ou seja, Islã, sempre foi a única religião aceitável aos olhos de Deus.  Por essa razão o Islã é a “religião natural” verdadeira e é a mesma mensagem eterna revelada através dos tempos para todos os profetas e mensageiros de Deus.  Os muçulmanos acreditam que os profetas de Deus, que incluem Abraão, Noé, Moisés, Jesus e Muhammad, trouxeram a mesma mensagem de Monoteísmo Puro.  Por essa razão o Profeta Muhammad não foi o fundador de uma nova religião, como muitas pessoas equivocadamente pensam, mas foi o Profeta final do Islã.  Ao revelar Sua mensagem final a Muhammad, que é uma mensagem eterna e universal para toda a humanidade, Deus finalmente cumpriu a promessa que fez a Abraão, que foi um dos primeiros e maiores profetas.


É suficiente dizer que o caminho do Islã é o mesmo do profeta Abraão, porque tanto a Bíblia quanto o Alcorão retratam Abraão como um exemplo proeminente de alguém que se submeteu completamente a Deus e O adorou sem intermediários.   Quando isso é entendido, fica claro que o Islã tem a mensagem mais contínua e universal do que qualquer outra religião, porque todos os profetas e mensageiros foram “muçulmanos”, ou seja, aqueles que se submeteram à vontade de Deus, e eles pregaram o “Islã”, ou seja, a submissão a vontade de Deus Todo-Poderoso.

A Unicidade de Deus


A base da fé islâmica é a crença na Unicidade de Deus Todo-Poderoso – o Deus de Abraão, Noé, Moisés e Jesus.  O Islã ensina que a crença pura em Um Deus é intuitiva nos seres humanos e atende a uma inclinação natural da alma.  Como tal, o conceito de Deus do Islã é direto, sem ambiguidades e fácil de compreender.  O Islã ensina que os corações, mentes e almas dos seres humanos são receptáculos adequados para a revelação divina clara que as revelações de Deus ao homem não são encobertos por mistérios contraditórios e idéias irracionais.  Dessa forma, o Islã ensina que mesmo que Deus não seja plenamente compreendido por nossas mentes humanas finitas, Ele também não espera que aceitemos absurdos ou crenças demonstravelmente falsas sobre Ele.

De acordo com os ensinamentos do Islã, Deus Todo-Poderoso é absolutamente Um e Sua Unicidade não deve nunca ser comprometida pela associação de parceiros a Ele - nem na adoração e nem na crença.  Devido a isso, é exigido que os muçulmanos mantenham uma relação direta com Deus e, consequentemente, todos os intermediários são absolutamente proibidos.  Do ponto de vista islâmico, acreditar na Unicidade de Deus significa perceber que todas as orações e adoração devem ser exclusivamente para Deus e que somente Ele merece títulos como “Senhor” e “Salvador”.  Algumas religiões, embora acreditem em “Um Deus”, não fazem todas as orações e adoração somente para Ele.  Também dão título de “Senhor” a seres que não são Oniscientes, Todo-Poderosos e Imutáveis - mesmo de acordo com suas próprias escrituras.  É suficiente dizer que de acordo com o Islã, não basta que as pessoas acreditem que “Deus é Um”, mas elas devem por em prática essa crença através de conduta adequada.


Em resumo, o conceito islâmico de Deus, que é completamente baseado em revelação divina, não existe ambiguidade na divindade – Deus é Deus e homem é homem.  Uma vez que Deus é o único Criador e contínuo Sustentador do Universo, Ele transcende Sua criação – o Criador e a criatura nunca se misturam.  O Islã ensina que Deus tem uma natureza única e que Ele é livre de gênero, fraquezas humanas e além de qualquer coisa que os seres humanos possam imaginar.  O Alcorão ensina que os sinais e provas da sabedoria, poder e existência de Deus são evidentes no mundo ao nosso redor.  Assim, Deus conclama o homem a ponderar sobre a criação para construir um melhor entendimento de seu Criador.  Os muçulmanos acreditam que Deus é Amoroso, Compassivo e Misericordioso e que Se preocupa com os assuntos diários dos seres humanos.  Nesse ponto o Islã alcança um equilíbrio único entre falsos extremos religiosos e filosóficos.  Algumas religiões e filosofias retratam Deus como um “Poder Maior” impessoal que está desinteressado, ou ignora, a vida de cada indivíduo.  Outras religiões tendem a dar a Deus qualidades humanas e ensinam que Ele está presente em Sua criação, encarnado em alguém, algo ou em tudo.  No Islã, entretanto, Deus Todo-Poderoso esclareceu a verdade ao deixar a humanidade saber que Ele é “Compassivo”, “Misericordioso”, “Amoroso” e “Aquele que Atende as Orações”.  Mas Ele também enfatiza fortemente que “nada é como Ele” e que Ele está acima de tempo, espaço e Sua criação.  Finalmente, deve ser mencionado que o Deus que os muçulmanos adoram é o mesmo Deus que os judeus e cristãos adoram – porque só existe um Deus.  É desastroso que algumas pessoas erroneamente acreditem que os muçulmanos adorem um Deus diferente dos judeus e cristãos e que “Allah” seja apenas o “deus dos árabes”.  Esse mito, que tem sido propagado pelos inimigos do Islã, é completamente falso já que a palavra “Allah” é simplesmente o nome árabe para Deus Todo-Poderoso.  É a mesma palavra para Deus usada pelos judeus e cristãos que falam árabe.  Entretanto, deve ser esclarecido que embora os muçulmanos adorem o mesmo Deus dos judeus e cristãos, seu conceito Dele difere um pouco das crenças de outras religiões – principalmente porque é completamente baseada em revelação divina.  Por exemplo, os muçulmanos rejeitam a crença cristã de que Deus é uma Trindade, não somente porque o Alcorão a rejeita, mas também porque se essa fosse a verdadeira natureza de Deus, Ele a teria revelado claramente para Abraão, Noé, Jesus e todos os outros profetas.

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