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Profecias Bíblicas sobre Muhammad (parte 1 de 4): Testemunho dos Eruditos

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1835 2013/11/23 2024/12/09

Assuntos Preliminares


 

A Bíblia é a escritura sagrada do Judaísmo e Cristianismo.  A Bíblia cristã consiste do Velho e do Novo Testamento, com as versões Católica Romana e Ortodoxa do Velho Testamento ligeiramente maiores por causa de sua aceitação de certos livros não aceitos como escritura pelos Protestantes.  A Bíblia judaica inclui apenas os livros conhecidos pelos cristãos como o Velho Testamento.  Além disso, a organização dos cânones judaicos e cristãos difere consideravelmente.[1]  O Profeta Muhammad foi profetizado tanto no Velho quanto no Novo Testamento.


 

Acredita-se que Jesus e os Apóstolos falavam aramaico.  O aramaico continuou em amplo uso até por volta de 650 A.D, quando foi suplantado pelo árabe.[2]  A Bíblia atual não é, entretanto, baseada nos manuscritos aramaicos, mas nas versões grega e latina.

 

Citar as profecias bíblicas não significa que os muçulmanos aceitam a Bíblia atual em sua totalidade como revelação de Deus.  Sobre a crença islâmica nas escrituras anteriores, por favor, clique aqui.


 

 Não é uma pré-condição de aceitação que um profeta seja profetizado por um profeta anterior.   Moisés foi um profeta para o Faraó mesmo não tendo sido profetizado por ninguém antes dele.  Abraão foi um profeta de Deus para Nimrod, e ninguém profetizou a sua vinda.  Noé, Lot, e outros foram verdadeiros profetas de Deus, e não foram profetizados.  A evidência da verdade de um profeta não está limitada a antigas profecias, mas inclui a mensagem trazida por ele, milagres e mais.

 

 

Discutir profecias é uma questão delicada.  Requer examinar minuciosamente versões e traduções bíblicas, manuscritos descobertos recentemente, pesquisar e investigar palavras em hebraico, grego e aramaico.   A tarefa se torna especialmente difícil quando: “antes do advento da imprensa (século 15), todas as cópias da Bíblia mostram variações textuais.”[3]  Não é um assunto fácil para leigos.  Por essa razão, o melhor testemunho vem de especialistas antigos e modernos na área, que reconheceram as profecias.

 

Nós temos registros de judeus e cristãos primitivos, monges e rabinos, que testemunharam que Muhammad foi o cumprimento de profecias bíblicas específicas.  Abaixo estão alguns exemplos dessas pessoas.

O Profeta Esperado

 

Judeus e cristãos da Arábia pré-islâmica esperavam por um profeta.  Antes do aparecimento de Muhammad, a Arábia era o lar de judeus, cristãos e árabes pagãos que, na ocasião, estavam em guerra uns com os outros.  Os judeus e cristãos diziam: “Chegou o momento de um profeta iletrado surgir que reviverá a religião de Abraão.  Nós nos uniremos às suas fileiras e travaremos uma violenta luta contra vocês.”  Quando Muhammad efetivamente apareceu, alguns deles acreditaram nele, e alguns se recusaram.  Foi por isso que Deus revelou:

 

“E quando lhes chegou um Livro [Alcorão] de Deus confirmando o que estava com eles – embora eles costumassem orar por vitória contra os descrentes - mas quando chegou o que eles reconheceram, descreram; então, que a maldição de Deus esteja com os descrentes.” (Alcorão 2:89)

 

A primeira testemunha foi Buhaira, um monge cristão, que reconheceu a missão profética de Muhammad quando ele ainda era jovem e disse a seu tio:

 

“...um grande destino está diante de seu sobrinho, então o leve para casa rapidamente.”[4]

 

 

A segunda testemunha foi Waraqah bin Nawfal, um erudito cristão que morreu logo depois do encontro solitário com Muhammad.  Waraqah atestou que Muhammad era o Profeta de seu tempo e recebeu revelação exatamente como Moisés e Jesus.[5]

 

Os judeus de Medina esperavam ansiosamente pela chegada de um profeta.  A terceira e a quarta testemunhas foram seus dois famosos rabinos, Abdullah bin Salam e Mukhayriq.[6]

 

A sexta e a sétima testemunhas também foram rabinos iemenitas, Wahb ibn Munabbih e Ka’b al-Ahbar (morto em 656 E.C).  Ka’b encontrou longas passagens de louvor e a descrição do Profeta profetizado por Moisés na Bíblia.[7]

 

O Alcorão afirma:

 

“Não lhes é um sinal que os sábios dos Filhos de Israel o conheçam [como verdadeiro]?” (Alcorão 26:197)

 


 _______________

 

Footnotes:

 

[1] “Bible.” (“Bíblia”)  Enciclopédia Britânica de Encyclopædia Britannica Premium Service. (https://www.britannica.com/eb/article-9079096)

 

[2] “Aramaic language.” (“Língua Aramaica”)  Enciclopédia Britânica de Encyclopædia Britannica Premium Service. (https://www.britannica.com/eb/article-9009190)

 

[3] “biblical literature.” (“literatura bíblica”)  Enciclopédia Britânica de Encyclopædia Britannica Premium Service. (https://www.britannica.com/eb/article-73396)

 

[4] ‘Muhammad: His Life Based on the Earliest Sources’ (Muhammad: Sua Vida Baseada nas Fontes Mais Antigas’) de Martin Lings, p. 29. ‘Sirat Rasul Allah’ (‘Biografia do Mensageiro de Allah’) de Ibn Ishaq, traduzido por A. Guillame, p. 79-81. ‘The Quran And The Gospels: A Comparative Study,’ (‘O Alcorão e os Evangelhos: Um Estudo Comparativo’) p. 46 do Dr. Muhammad Abu Laylah da Universidade de Azhar.

 

[5] ‘Muhammad: His Life Based on the Earliest Sources’ (Muhammad: Sua Vida Baseada nas Fontes Mais Antigas’) de Martin Lings, p. 35.

 

[6] ‘The Quran And The Gospels: A Comparative Study,’ (‘O Alcorão e os Evangelhos: Um Estudo Comparativo’) p. 47 do Dr. Muhammad Abu Laylah da Universidade de Azhar.

 

[7] ‘The Quran And The Gospels: A Comparative Study,’ (‘O Alcorão e os Evangelhos: Um Estudo Comparativo’) p. 47-48 do Dr. Muhammad Abu Laylah da Universidade de Azhar.

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