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Heinz, ex-cristão, Reino Unido

1363 2014/11/18 2024/12/07

Abdul Hakim Heinz cresceu no sul de Londres.  Foi primeiro apresentado ao Islã com a idade de sete anos quando sua mãe abraçou o Islã.


Anos depois viajou e viveu no Egito por alguns anos e desenvolveu ainda mais seu conhecimento e compreensão do Islã e também sua habilidade na língua árabe.


Era apenas um menino quando sua mãe se converteu e foi então que ele e seu irmão e irmã mudaram de ir à igreja para praticar o Islã.  Foi um grande choque para ele a princípio, porque sua zona de conforto tinha sido os conceitos cristãos que havia aprendido anteriormente.


Inicialmente o Islã foi apresentado a ele como um conjunto de regras estritas que tinha que ser seguido.  Ele admite que inicialmente achou tudo muito difícil de lidar.  Aos sete esperava-se que ele orasse e jejuasse.


Também tinha que aprender como ler em árabe e se viu orando e lendo o Alcorão, mas sem entendimento do que estava dizendo e do motivo para fazer tudo aquilo.

Entretanto, os anos passaram e depois de algum tempo, tudo começou a se acomodar e o Islã tornou-se seu modo de vida.   Quando olha para trás, nota que como adolescente era natural que começasse a questionar do que se trata a vida.


Ao passar pela turbulência de sua adolescência, o significado da mensagem do islã começou a tocar seu coração e a se tornar cada vez mais aceitável para ele.  Também começou a entender o que o Islã significava em sua vida e à medida que aprendia mais, percebeu o Islã como o caminho correto.


Heinz admite: “No início de minha adolescência ser muçulmano era algo do que se envergonhar.  Na escola me ensinaram estudos islâmicos, mas também me ensinaram que era como Hinduísmo e Sikhismo.”


Afetou-o ver que o Islã e aqueles que o seguiam eram considerados “diferentes” dos outros.  Quando começou o segundo grau não queria ser associado com o Islã, mas o manteve em seu coração.

Explica sua reação: “Era por causa da pressão externa, mas ao mesmo tempo, não tinha me aprofundado o suficiente no Islã para justificar minha crença como poderia ter feito.” A percepção pública do Islã na época afetou como ele se apresentava como muçulmano.  Queria estar entre a massa comum, o que é uma parte natural da natureza humana.  Essa percepção não mudou até que estivesse com mais ou menos quatorze anos de idade.

Nessa idade mudou a forma como praticava o Islã e como apresentava sua religião aos outros.  Isso aconteceu depois de viajar para a Holanda e Espanha.  Sua viagem para a Espanha foi especialmente significativa, já que lá teve a oportunidade de interagir mais com muçulmanos praticantes.

Ele comenta: “Havia uma comunidade muçulmana minoritária onde eu estava na Espanha, mas eram respeitados e alguns dos jovens da minha faixa etária eram muito interessados na religião.  Isso fez com que não me sentisse mais envergonhado.  Jovens estavam abraçando o Islã e isso me deixou orgulhoso.”


Quando voltei para o Reino Unido vindo da Espanha, estava com quinze anos.  Voltei para a escola, mas a diferença dessa vez era que era um muçulmano em meu interior! Estava muito mais confiante e comecei a falar mais sobre o Islã.  Heinz diz, com felicidade: “Podia de fato dizer ‘sou muçulmano’”. 


Então as atitudes em relação ao Islã começaram a mudar entre seus colegas na escola.  Ele relata: “Naquela época, ser muçulmano era considerado jazzístico, elegante e legal! Isso me ajudou a ficar ainda mais confiante.  Uma das coisas que me ajudou ao longo de todas essas mudanças foi minha independência para conhecer Allah Todo-Poderoso.”


Ele admite ler quando estava sozinho e memorizar o Alcorão.  Também diz que quando era adolescente, embora seu ambiente familiar fosse de muçulmanos, o Islã nem sempre era praticado apropriadamente.


Apesar de tudo isso, havia algo em seu coração que sempre o atraía para Allah Todo-Poderoso e o Islã.  Se a vida estava difícil ou tinha problemas, orava duas unidades de oração e desabafava com Allah Todo-Poderoso.  Afirma: “Aprendi a me submeter a Allah.”


Heinz acredita que os muçulmanos têm que ser sinceros com Allah Todo-Poderoso e receitar o Alcorão todos os dias.  Isso o ajudou a atravessar os anos difíceis da adolescência.


Notou que se tornou mais forte, as pessoas mudaram suas percepções em relação a ele e começaram a respeitá-lo.


Diz que se uma pessoa age timidamente, sente-se embaraçada e se comporta apologeticamente, as outras pessoas a colocam de lado.  Mas se não se importa com o que as pessoas pensam, porque sabe que está com a verdade, as pessoas a respeitarão por causa da confiança que tem.


Heinz diz com segurança: “As pessoas respeitam esse tipo de caráter.  Respeitam se você for autêntico.”


Ele acredita que não devemos explicações a nossos amigos ou ao grupo ao qual pertencemos, e que devemos ser nós mesmos.  Aconselha aos novos muçulmanos a não tentarem copiar ninguém.


Agora está com vinte e três anos e acredita que em geral, no ocidente, as pessoas de sua idade estão lutando em termos de responsabilidade e saber o que é esperado delas como adultas.  Acha que não estão seguras porque não pertencem a certa cultura ou sua cultura as motiva a sucumbir a esse mundo, que é cheio de agitação e discórdia.


Diz que quando estava com dezessete anos e decidiu praticar o Islã corretamente isso o ajudou a amadurecer, porque o Islã lhe deu um código estrito de conduta.  Seguia o que o Islã diz e tentava compreender seu papel como ser humano.


Lentamente veio a saber que tinha responsabilidades e se transformaria em um adulto digno e uma pessoa melhor, mais atenta e consciente em relação às outras.  Diz que sem o Islã teria se perdido.


É grato a Allah Todo-Poderoso por tê-lo levado tão longe.  Com o Islã uma pessoa pode se destacar entre seus colegas porque o Islã amadurece o ser humano.


Diz: “Obter conhecimento islâmico no mundo de hoje é importante e não podemos escapar de Satanás, porque ele quer nos manter longe de onde devemos estar”.


“Os novos muçulmanos querem ficar no caminho certo e é importante manter boas companhias, porque uma pessoa se torna aquilo que o seu grupo é.  Se as pessoas ao seu redor o levam para baixo, você talvez deva cortar relações com ela.”


Heinz vê que o período no Egito o ajudou a ver como os muçulmanos vivem e que é ótimo sentir que pertence a uma comunidade universal.  Além do conhecimento que obteve do árabe e do Islã, o Egito também o ajudou a aprender mais sobre como ser um muçulmano na vida diária.


Diz que aprendemos das pessoas com as quais nos misturamos e que devemos ler o Alcorão regularmente e pedir a Allah Todo-Poderoso para nos ajudar a compreendê-lo adequadamente.  Todos devem procurar aulas em suas áreas, frequentá-las e passar tempo na mesquita.  As pessoas também podem visitar sites islâmicos e se envolver nas comunidades formadas a partir deles.


Ele observa que em Londres existem muitos lugares onde uma pessoa pode obter conhecimento e palestrantes proeminentes.  Aconselha os novos muçulmanos a procurar essas aulas e palestras porque não apenas obterão conhecimento, mas também encontrarão pessoas boas.


Em relação ao futuro, Heinz diz que apenas pede a Allah o melhor e mantém a esperança.  Diz: “Sou mais paciente agora por causa das experiências que tive.  Consegui muita estabilidade por ter aprendido sobre os companheiros e o Profeta, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele.”


Vê que a melhor maneira de ser um homem ou uma mulher é viver de acordo com os padrões de Allah Todo-Poderoso.


Esse artigo é baseado em uma entrevista com Abdul Hakim Heinz, de Londres.

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