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Os ensinamentos do Profeta ﷺ sobre os falecidos

Auther : Dr. Ahmad Bin Uthman al-Maziad
434 2021/12/25 2024/12/30

Os ensinamentos do Profeta ﷺ em relação aos funerais foram profundos. Ele incluía o bom trato aos falecidos, seus familiares e amigos. Tal cuidado se inicia na visitação ao doente, recordando-o da próxima vida, aconselhando-o que escreva seu testamento e que se arrependa de suas faltas, pedindo aos que o cercam que o incentivem a recitar o testemunho de fé: “La ilaha ill-Allah” (não há deus afora Allah), para que estas sejam suas últimas palavras.

De toda a humanidade, o Profeta  era o mais satisfeito com Allah acerca de Seu decreto, oferecendo a Ele os maiores louvores. Chorou pela morte de seu filho, Ibrahim, por misericórdia e por compaixão a seu filho. Mas, seu coração estava cheio de resignação e gratidão a Allah, sua língua estava ocupada com o louvor. Disse  : “Os olhos derramam lágrimas e o coração está cheio de pesar, mas dizemos apenas aquilo que agrada Allah”.

Ele proibiu que as pessoas gritassem ou se batessem nestas ocasiões.

Foiestipulado, em seus ensinamentos, que se apurassem à preparação do falecido para o encontro com seu Criador, banhá-lo e usar uma mortalha de tecido branco.

Também foi determinado que cobrisse o rosto e o corpo do falecido e fechassem os seus olhos.

Em algumas ocasiões ele beijava o falecido.

Ordenou que o falecido fosse banhado três, cinco ou mais vezes, usando cânfora no último banho.

Não lavava um mártir morto em uma batalha. Apenas removia o couro e o metal dos mártires e os enterrava com suas roupas, sem oferecer uma oração fúnebre por eles.

Ordenava que um falecido no ihram fosse banhado com água e sidr (folha de lótus) e que usassem o tecido de seu ihram como a mortalha. Proibiu perfumá-lo ou cobrir a cabeça.

Ordenou que o responsável pelo falecido conseguisse uma mortalha branca decente, advertindo contra a extravagância ao escolher a mortalha.

Se a mortalha não fosse suficiente para cobrir todo o corpo, ele  cobria a cabeça e punha uma folha de palma sobre as pernas.

Seus ensinamentos sobre a oração fúnebre

Costumava orar pelo falecido fora da mesquita, ainda que também pudesse fazê-lo, de igual forma, na mesquita – entretanto esta não era sua prática usual.

Quando um corpo era trazido a ele ﷺ perguntava: “Ele deixou alguma dívida?”. Não fazia nenhuma oração fúnebre por aqueles que haviam morrido deixando dívidas, nestes casos pedia aos companheiros que oferecessem a oração por ele. Apesar 

deste ponto, quando Allah lhe concedeu riqueza, ele pagou as dívidas – deixando as propriedades dos mortos aos herdeiros e ofereceu a oração fúnebre àquelas pessoas.

Começava a oração fúnebre dizendo: “Allahu akbar”, louvando, glorificando e suplicando a Allah. Costumava dizer “Allahu akbar” quatro ou cinco vezes.

Costumava incentivar as pessoas a rezarem sinceramente por seus falecidos. Algumas de suas súplicas eram: “Allaahumm-aghfir lihaiina wa maiitina wa saghirina wa kabirina wa dhakarina wa unzaana. Allaahumma man ahiaitahu minna fa-ahihi 'alal-Islam, wa man  tawafaitahu minna fatawafahu 'alal-iman. Allaahumma la tahrimna ajrahu wa la taftinna ba`dah.” 

(Ó Allah, perdoa-nos, os vivos e a nossos mortos, a nossos jovens, a nossos anciãos, a nossos homens e a nossas mulheres. Ó Allah, a quem mantenha com vida dentre nós, que seja dentro do Islam e a quem dê a morte, que morra com fé. Ó Allah, não nos prive da recompensa e não nos sujeite ao juízo de nossas causas) – .

Tirmidhi, Nasai e Ibn Majah

 “Allaahumm-aghfir lahu warhamhu wa`fihi wa`fu `anhu wa akrim nuzulahu wa wassi` madkhalahu waghsilhu bil maa'i waz-zalyi
wal-barad. Wa naqihi minal-khataaia kama iunaqaz-zawbul-abjadhu mina-ddanas. Wa abdilhu daaran khairan min daarihi wa ahlan khairan min ahlihi wa zaujan khairan min zaujihi wa qihi fitnatal-qabri wa adhab an-naar.” 

(Ó Allah, perdoa-o, tenha misericórdia dele, purifica-o, seja generoso com ele, permita que sua entrada seja ampla e confortável, lava-o com água, neve e granizo. Purifica-o dos pecados como uma veste branca é purificada da terra quando lavada. Compensa-o com um lar melhor que o lar terreno, companheiros melhores que seus companheiros terrenos e um cônjuge melhor que seu cônjuge terreno. Proteja-o contra as provações do túmulo e o Fogo do Inferno) –

Muslim.

Costumava colocar-se de pé para a oração em frente à cabeça do falecido (homem) e em frente à cintura da falecida (mulher).

Fez a oração fúnebre por um menino, mas não oferecia se a pessoa houvesse cometido suicídio ou por alguém que houvesse feito alguma armadilha para tomar os espólios da guerra. 

Fez a oração fúnebre para uma mulher que foi apedrejada.

Ofereceu a oração por Najashi em sua ausência, da mesma forma que fazia para qualquer pessoa falecida, mas não ofereceu a todos que faleceram em outras terras.

Se faltava a uma oração fúnebre, então rezava em frente ao túmulo.

Seus ensinamentos sobre osenterros

Após oferecer a oração pelo falecido, o Profeta ﷺ acompanhava o corpo até o cemitério caminhando diante dele. Se estava montado, ia atrás do corpo, mas se estava caminhando ia próximo ao corpo, já foi à frente, ao lado (esquerdo ou direito) e até atrás. Costumava ordenar que se apressassem na procissão fúnebre.

Não se sentava antes que o corpo fosse baixado e posto em sua cova.

Ordenava a seus companheiros que se levantassem ante uma procissão fúnebre que estivesse passando. Mas, está corretamente relatado que algumas vezes permaneceu sentado.

Era parte de seus ensinamentos não enterrar os mortos ao nascer do sol, por do sol ou meio dia.

Estava, também, dentre seus ensinamentos fazer um nicho para o corpo sobre um dos lados da sepultura, cavar profunda a cova e ampliar o espaço para a cabeça e os pés.

Tirava três punhados de terra em volta da cabeça do falecido quando este era enterrado.

Após o enterro, punha-se de pé diante do túmulo orando pelos mortos e ordenava a seus companheiros que fizessem o mesmo.

(Abu Dawud)

Nunca se sentava para recitar o Qur’an em uma tumba, nem sequer dizia “la ilaha illa Allah” ao falecido. 

Ensinou a não anunciar em voz alta a morte de uma pessoa importante (como era do costume pré islâmico), proibindo esta prática.

Seus ensinamentos com relação aos túmulos e condolências

Não estava dentre seus ensinamentos elevar ou construir qualquer coisa sobre os túmulos, nem cobri-los com gesso ou construir domos sobre eles.

Quando enviou Ali, raa, ao Iêmen disse que destruísse todos os ídolos e que nivelasse os túmulos. Sua própria prática era nivelas os túmulos elevados. 

Proibiu que enfeitassem ou escrevessem nas sepulturas.

Ensinou àqueles que quisessem reconhecer uma sepultura que colocassem uma pedra sobre ela.

Proibiu que rezassem sobre os túmulos e advertiu contra fazerem de sua sepultura um local de adoração.

Ensinou que os túmulos não deveriam ser maltratados, pisados, sentar sobre eles ou apoiar neles, muito menos glorificados e adorados. 

Costumava visitar os túmulos de seus companheiros para suplicar por eles e pedir a Allah que os perdoasse. Sua sunnah ao visitar as sepulturas era dizer: “As-salamu alaikum ahl ad-diiari min al-mu’minina wal-muslimina, wa inna in shaa Aláhu bikum lalaahiqun. Nas'al Allaaha lana wa lakumul-‘aafiah.” 

(Que a paz esteja convosco, ó habitantes deste lar de crentes e muçulmanos. Na verdade, nós nos uniremos a vós, se for o desejo de Allah. E pedimos a Allah que nos conceda proteção contra todo o mal) –

Muslim.

Também fazia parte de seus ensinamentos oferecer condolências à família do falecido, mas não fazer reuniões especiais para este propósito ou para ler Qur’an, fosse ao pé do túmulo ou em qualquer outro lugar.

Também ensinou que a família do falecido não se sobrecarrega-se em   servir comida às pessoas, ao contrário, recomendara que as pessoas provessem comida para eles (família do falecido).


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