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Os Perigos das Inovações Introduzidas no Islão (Bid’ah)

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1767 2013/02/06 2024/11/24

Deus ordenou aos Muçulmanos que não se dividissem em seitas. Em termos de religião e culto, as inovações e divisões no seio do Islão são consideradas uma contaminação, um erro, uma transgressão. As primeiras transgressões abomináveis ao monoteísmo, como, por exemplo, adorar coisas criadas, tiveram como resultado a condenação de Deus. (Contudo, inovações em outras áreas, como é o caso da Ciência e da Tecnologia para o melhoramento da vida, são amplamente encorajadas). Deus, o Compassivo, disse-nos, por intermédio do Seu último Profeta, Muhammad (r), e quando este estava próximo do fim, que a religião do Islão estava completa. É imperioso que os Muçulmanos reconheçam que, qualquer alteração em matéria de culto, é estritamente proibida. Qualquer inovação introduzida pela Humanidade, a qual se encontra cons-tantemente sob a influência de Satanás, não poderá nunca acrescentar algo de positivo ao Alcorão, contribuindo apenas para a degradação da religião perfeita e completa, estabelecida por Deus. Todas as inovações em questões de religião levam ao desen-caminho, e todo o desencaminho conduz ao Inferno. As pessoas devem impedir toda e qualquer transgressão (adição ou eliminação), por mais pequena que seja, em questões de culto[1]. Caso sejam permitidas algumas alterações, estas transgressões serão aceites pelas futuras gerações, o que resultará numa outra religião fabricada pelo Homem, não sendo mais o Islão perfeitamente preservado por  Deus, o Verdadeiro. O acto de construir uma religião usando uma abordagem tipo “carrinho de compras”, onde se transporta apenas o que verdadeiramente está de acordo com os interesses humanos, acrescentando ou eliminando o que os possa contrariar, ou seguindo-se cegamente o líder de uma qualquer religião, tratam-se de estratégias inadmissíveis.

A alteração das leis de Deus é proibida pelo Islão. Deus condena os líderes religiosos que alteram os princípios divinos. Quem tentar introduzir inovações, colocando-se ao mesmo nível de Deus, comete politeísmo. Exemplo disto, seria tornar legítimo o assassinato de inocentes. As Leis de Deus são perfeitas e não necessitam de ser “modernizadas” por ninguém. Deus concede-nos liberdade para obedecer ou desobe-decer, escolhendo seguir a Sua fé ou os nossos próprios desejos. Contudo, proíbe-nos de modificar os Seus princípios religiosos.

(Interessa referir que a lua crescente não é representativa da religião Islâmica, visto o Profeta Muhammad (r) nunca a ter usado ou a ter mencionado. Trata-se de um símbolo pagão, uma inovação introduzida por gerações procedentes, na qualidade de símbolo político. Infelizmente, é comummente adoptado e confundido com um símbolo do Islão).




[1] No Islão é ensinado que, para um acto de adoração ser aceite por Deus, há que cumprir duas condições: em primeiro lugar,  a intenção deve ser a de agradar a Deus e, em segundo, o acto deve ser feito de acordo com a Suna do Profeta Muhammad (r).

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