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A Unicidade e Singularidade de Deus nos Seus Nomes e Atributos
A unicidade e singularidade de Deus nos Seus nomes e atributos indica que Deus não partilha os seus atributos com seres criados, e nem que estes os partilham com Ele. Deus é único em todas as formas. De modo algum Ele pode ser limitado, visto Ele ser o Criador de todas as coisas. Deus, o Grandioso, diz o seguinte:
«Deus! Não há outra divindade Além d’Ele, o Vivo, o Absoluto. D'Ele não se apossam nem o repouso nem o sono. Pertence-Lhe tudo o que existe nos céus e na terra. Quem poderá interceder perante Ele sem a Sua permissão? Ele conhece o que está em frente deles (seres vivos) e o que está por trás deles. E ninguém pode aperceber-se dos Seus conhecimentos, salvo daquilo que Ele quiser. O Seu Trono abrange os céus e a terra, cuja preservação não Lhe causa qualquer fadiga, pois Ele ó o Altíssimo, o Glorioso.» [Alcorão, 2 : 255]
No Islão, é proibido atribuir a Deus características da Sua criação. Os únicos atributos que Lhe podem ser imputados, são aqueles que Ele Mesmo revelou no Alcorão, ou os utilizados pelo Profeta (r) para O descreverem. Muitos dos nomes e atributos de Deus parecem possuir equivalentes a nível humano, mas isto é apenas um reflexo da língua humana. Os atributos de Deus, tal como o próprio Deus, são diferentes de tudo aquilo que a nossa experiência pode abranger. Por exemplo, Deus possui conhecimento divino. O Homem possui conhecimento. Contudo, o conhecimento de Deus em nada se assemelha ao conhecimento dos seres humanos. O conhecimento de Deus é ilimitado (Omnisciente, o Todo Sapiente). Não é um conhecimento aprendido ou adquirido. O conhecimento de Deus envolve todas as coisas, sem aumentar ou diminuir. Por outro lado, o conhecimento humano é adquirido e limitado, encontra-se em constante mutação, aumentando ou diminuindo, e sujeito ao esquecimento e a erros.
Deus, o Irresistível, possui vontade divina. Os seres humanos também possuem vontade. A vontade de Deus acaba sempre por acontecer. Tal como o Seu divino conhecimento, a Sua vontade abrange todas as coisas que Deus pretende que venham acontecer na criação – passadas, presentes e futuras. A vontade humana, por outro lado, não passa de uma intenção, de um desejo, que apenas pode suceder se Deus assim o desejar.
Os atributos humanos não podem ser atribuídos a Deus. Todos os atributos humanos são limitados. Deus não possui sexo, fraqueza ou defeito. Deus está para além do atributo sexual atribuído ao ser humano e à criação. Limitamo-nos a usar o pronome “Ele”, porque não existe um pronome sexual neutro nos idiomas Português/Semita, obe-decendo-se às convenções da língua Portuguesa. Quando no Alcorão utilizamos o “Nós” real em referência a Deus, fazemo-lo por respeito, o que de modo algum implica pluralidade. Imputar a Deus atributos de coisas criadas, é uma forma de politeísmo. Do mesmo modo o é, atribuir a coisas criadas atributos que pertencem unicamente a Deus. Por exemplo, pessoa alguma que acredite que ninguém mais, com excepção de Deus, é o Todo Sapiente e o Todo Poderoso, comete o pecado do politeísmo.
«Abençoado seja o nome do teu Senhor, o Majestoso, o Honorável.» [Alcorão, 55 : 78]