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A Jornada para a Outra Vida (parte 2 de 8): O Crente no Túmulo

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1928 2014/01/01 2024/12/21

O Mundo do Túmulo

Nós agora daremos uma breve olhada na jornada da alma após a morte.  É de fato uma história surpreendente, ainda mais porque é verdadeira e todos nós a empreenderemos.  O conhecimento profundo que temos com referência a essa jornada, sua precisão e detalhes, é um sinal manifesto de que Muhammad foi de fato o Último Mensageiro de Deus para a humanidade.  A revelação que ele recebeu e nos comunicou de Seu Senhor é tão sem ambigüidades em sua descrição da vida futura quanto abrangente.  Nossa rápida análise desse conhecimento começará com uma exploração breve da jornada da alma crente do momento da morte até seu lugar final de descanso no Paraíso.


Quando um crente está para deixar esse mundo, os anjos com rostos brancos descem dos céus e dizem:


“Ó alma em paz, venha para o perdão de Deus e Sua satisfação.” (Hakim e  outros)

O crente ansiará por encontrar seu Criador, como o Profeta, que Deus o exalte, explicou:


“...quando o momento da morte de um crente se aproxima, ele recebe as boas novas da satisfação de Deus e de Suas bênçãos sobre ele, de modo que a partir daquele momento nada é mais querido para ele do que o que está por vir.  Ele, portanto, ama encontrar Deus, e Deus ama encontrá-lo.” (Saheeh Al-Bukhari)


A alma sai do corpo de forma pacífica como uma gota de água que emerge de um recipiente de água. Os anjos a seguram e gentilmente a extraem, dizendo:


“...Não temais, nem vos atribuleis;outrossim, regozijai-vos com o Paraíso que vos está prometido!  Temos sido os vossos protetores na vida terrena e (o seremos) na outra vida, onde tereis tudo quanto anelam as vossas almas e onde tereis tudo quanto pretendeis. Tal é a hospedagem do Indulgente, Misericordiosíssimo!” (Alcorão 41:30-32)


Uma vez extraída do corpo, os anjos envolvem a alma em uma mortalha com perfume de almíscar e ascendem aos céus.  Quando os Portões do Paraíso se abrem para a alma, os anjos a saúdam:


“Uma boa alma veio da terra, que Deus a abençoe e ao corpo no qual costumava habitar.”

...apresentando-a com os melhores nomes com as quais era chamada nessa vida.  Deus ordena que seu “livro” seja registrado e a alma é devolvida à terra.


A alma então permanece em um local de limbo em seu túmulo, o Barzakh, esperando o Dia do Juízo.  Dois temíveis e aterradores anjos chamados Munkar e Nakir visitam a alma para perguntá-la sobre sua religião, Deus e profeta.  A alma crente se senta aprumada em seu túmulo já que Deus a concede a força para responder aos anjos com plena fé e certeza.[1]


Alma crente: “Islã.”

Munkar e Nakir: “Quem é o seu Senhor?”

Alma crente: “Allah.”

Munkar e Nakir: “Quem é seu Profeta?” (ou “O que você diz a respeito desse homem?”)

Alma crente: “Muhammad.”

Munkar e Nakir: “Como você tomou conhecimento dessas coisas?”

Alma crente: “Eu li o Livro de Allah (ou seja, o Alcorão) e eu acreditei.”

Então, quando a alma passa no teste, uma voz dos céus gritará:


“Meu servo falou a verdade, o supram com guarnições do Paraíso, o vistam com vestimentas do Paraíso e abram uma porta para ele no Paraíso.”


O túmulo do crente se torna amplo e espaçoso e preenchido com luz.  A ele é mostrada qual seria sua morada no Inferno – se ele tivesse sido um pecador perverso – antes de um portal ser aberto para ele toda manhã e toda noite mostrando sua verdadeira morada no Paraíso.  Atordoado de excitação e cheio de alegria antecipada, o crente continuará dizendo: ‘Quando chegará a Hora (da Ressurreição)?!  Quando chegará a Hora?!’ até que lhe seja dito para se acalmar.[2]



Footnotes:

[1] Musnah Ahmad

[2] Al-Tirmidhi

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