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Biografia de Muhammad (parte 7 de 12): Uma Nova Etapa em Medina
A Hégira (23 de setembro de 622 EC)
Enquanto isso, o Profeta, com uns poucos íntimos, esperava a ordem divina para se unir aos muçulmanos em Yathrib. Não estava livre para emigrar até que esse comando viesse. Finalmente o comando veio. Ele deu um manto para Ali, dizendo-lhe para deitar na cama de modo que qualquer um que olhasse pensasse que Muhammad estava deitado lá. Os assassinos deviam atacá-lo quando saísse da casa, à noite ou cedo pela manhã. Ele sabia que não feririam Ali. Os assassinos já estavam cercando sua casa quando o Profeta Muhammad saiu sem ser visto. Foi para a casa de Abu Bakr e o chamou, e ambos foram juntos para uma caverna em um monte deserto, se escondendo lá até que a confusão tivesse passado. O filho e filha de Abu Bakr e seu pastor lhes trouxeram comida e novidades depois da noite cair. Uma vez, um grupo de busca chegou tão perto de seu esconderijo que puderam ouvir suas palavras. Abu Bakr estava com medo e disse: “Ó Mensageiro de Deus, se um deles olhar para o próprio pé, nos verá!” O Profeta respondeu:
“O que você pensa de duas pessoas com as quais Deus é o Terceiro? Não fique triste, porque de fato Deus está conosco.” (Saheeh Al-Bukhari)
Quando o grupo de busca partiu, Abu Bakr recebeu os camelos e o guia na caverna à noite, e partiram para a longa cavalgada até Yathrib.
Depois de viajarem por muitos dias através de caminhos ermos, os fugitivos alcançaram um subúrbio de Yathrib chamado Qubaa, onde, algumas semanas antes, o povo da cidade ouviu que o Profeta tinha deixado Meca e, portanto, iam para os montes locais todas as manhãs, esperando pelo Profeta até que o calor os levasse a buscar abrigo. Os viajantes chegaram no calor do dia, após os observadores terem se retirado. Um judeu que estava fora o viu se aproximando e avisou os muçulmanos que aquele que esperavam tinha finalmente chegado, e os muçulmanos foram para os montes de Qubaa para saudá-lo.
O Profeta ficou em Qubaa por alguns dias, e lá estabeleceu a primeira mesquita do Islã. Ali, que tinha deixado Meca a pé três dias depois do Profeta, tinha chegado também. O Profeta, seus companheiros de Meca e os “Ajudantes” de Qubaa o levaram para Medina, onde tinham antecipado ansiosamente sua chegada.
Os habitantes de Medina nunca viram um dia mais animado em sua história. Anas, um amigo próximo do Profeta, disse:
“Eu estava presente no dia que ele entrou em Medina e nunca vi um dia melhor ou mais animado que o dia que ele chegou para nós em Medina. E estava presente no dia que ele morreu, e nunca vi um dia pior ou mais triste do que o dia no qual ele morreu.” (Ahmed)
Toda casa em Medina queria que o Profeta ficasse com eles, e alguns tentaram levar sua camela para suas casas. O Profeta os impediu e disse:
“Deixe-a, porque ela está sob Comando (Divino)”.
Ela passou por muitas casas até que parou e se ajoelhou na terra de Banu Najjaar. O Profeta não desceu até que a camela se levantou e andou um pouco, e então se voltou para o local original e se ajoelhou novamente. Nesse momento o Profeta desceu. Ele ficou feliz com sua escolha, porque Banu Najjaar eram seus tios maternos e ele também desejava honrá-los. Quando indivíduos da família pediram que entrassem em suas casas, um certo Abu Ayyoub se adiantou para cuidar de sua sela e a levou para sua casa. O Profeta disse:
“Um homem vai com sua sela.” (Saheeh Al-Bukhari, Saheeh Muslim)
A primeira tarefa que empreendeu em Medina foi construir uma mesquita. O Profeta, que a misericórdia e as bênçãos de Deus estejam sobre ele, perguntou aos dois meninos que eram proprietários do armazém de tâmaras o preço do depósito. Eles responderam: “Não, faremos dele um presente para ti, Ó Profeta (que a misericórdia e as bênçãos de Deus estejam sobre ele) de Deus!” O Profeta (que a misericórdia e as bênçãos de Deus estejam sobre ele), entretanto, recusou sua oferta, pagou seu preço e construiu uma mesquita, tomando parte em sua construção. Enquanto trab