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A Reivindicação de Muhammad Como Profeta (parte 1 de 3): Provas de Sua Missão Profética

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1538 2015/05/23 2024/11/17

A facilitação divina é proporcional à necessidade humana.  Deus faz com que a aquisição fique mais fácil a medida que a necessidade dos humanos aumenta.  Ar, água, e luz do sol são necessários para a sobrevivência humana e, portanto, Deus concedeu a sua aquisição a todos sem dificuldades.  A maior necessidade humana é conhecer o Criador e, portanto, Deus tornou fácil conhecê-Lo.  A evidência para Deus, entretanto, difere em sua natureza.  A seu modo, tudo na criação é evidência de seu Criador.  Algumas evidências são tão óbvias que qualquer leigo pode imediatamente ‘ver’ o Criador como, por exemplo, o ciclo da vida e da morte.  Outros ‘vêem’ o trabalho do Criador na elegância de teoremas matemáticos, em constantes universais da física, e no desenvolvimento do embrião:

“Vê!  Na criação dos céus e da terra e na alternância do dia e da noite há sinais para os sensatos.” (Alcorão 3:190)

Como a existência de Deus, os seres humanos precisam de evidência para estabelecer a verdade dos profetas que falam em Seu nome.  Muhammad, como os profetas antes dele, reivindicou ser o último profeta de Deus para a humanidade.  Naturalmente, a evidência para sua veracidade é diversa e numerosa.  Algumas são óbvias, enquanto outras são aparentes apenas após reflexão profunda.

Deus diz no Alcorão:

“…Acaso não basta (para eles saber) que teu Senhor é Testemunha de tudo?” (Alcorão 41:53)

O testemunho divino em si é suficiente sem qualquer outra evidência.  O testemunho de Deus em relação a Muhammad reside em:

(a) As revelações passadas de Deus a profetas anteriores que profetizam o aparecimento de Muhammad.

(b)            Os atos de Deus: os milagres e ‘sinais’ que Ele deu em suporte à reivindicação de Muhammad.

Como tudo começou nos primeiros dias do Islã?  Como os primeiros crentes foram convencidos de que ele era profeta de Deus?

A primeira pessoa a acreditar na missão profética de Muhammad foi sua própria esposa, Khadija.  Quando ele voltou para casa trêmulo de medo após receber uma revelação divina, ela o confortou:

“Nunca!  Por Deus, Deus nunca o desgraçaria.  Você mantém boas relações com seus parentes, ajuda os pobres, serve aos convidados generosamente, e cuida daqueles afligidos por calamidades.”  (Saheeh Al-Bukhari)

Ela viu em seu marido um homem a quem Deus não humilharia, por causa de suas virtudes de honestidade, justiça e ajuda aos pobres.

Seu amigo mais próximo, Abu Bakr, que o tinha conhecido por toda a sua vida e era quase da mesma idade, acreditou no momento que ouviu as palavras, ‘Eu sou Mensageiro de Deus’, sem qualquer confirmação adicional além do livro aberto que era a vida de seu amigo.

Outra pessoa que aceitou seu chamado com base apenas em ouvi-lo foi ‘Amr’[1]. Ele disse:

“Eu costumava pensar antes do Islã que as pessoas estavam em erro.  Elas adoravam ídolos.  Nesse meio tempo, eu ouvi um homem pregando em Meca; então eu fui até ele e perguntei: ‘Quem é você?'  Ele disse: ‘Eu sou um Profeta.’  Eu disse novamente: ‘Quem é um Profeta?’  Ele disse: ‘Deus me enviou.’  Eu disse: ‘Com o que Ele enviou você?’  Ele disse: ‘Eu fui enviado para criar laços de afinidade, quebrar os ídolos, e proclamar a unicidade de Deus para que nada seja associado a Ele (em adoração).’  Eu disse: ‘Quem está com você nisso?’  Ele disse: ‘Um homem livre e um escravo (se referindo a Abu Bakr e Bilal, um escravo, que tinha abraçado o Islã naquela época).’  Eu disse: ‘Eu pretendo segui-lo.’” (Saheeh Muslim)

Dimad era um curandeiro do deserto especializado em doenças mentais.  Em sua visita à Meca ele ouviu seus habitantes dizerem que Muhammad (que Deus o exalte) era louco!  Confiante em suas habilidades, ele disse a si mesmo, ‘Se eu me encontrar com esse homem, Deus pode curá-lo através das minhas mãos.’ Dimad encontrou o Profeta e disse: ‘Muhammad, eu posso proteger aquele que sofre de doença mental ou que está sob magia, e Deus cura aquele que Ele deseja através das minhas mãos.  Você deseja ser curado?’  O Profeta de Deus respondeu, começando com sua introdução usual a seus sermões:

“De fato, todos os louvores e gratidão são para Deus.  Nós O louvamos e pedimos Sua ajuda.  Aquele que Deus guia, ninguém pode desviar, e aquele que é desviado não pode ser guiado.  Eu testemunho que ninguém merece adoração exceto Deus, Ele é Único, não tem parceiros, e Muhammad é Seu Servo e Mensageiro.”

Dimad, perplexo pela beleza das palavras, pediu ao Profeta que as repetisse e disse: ‘Eu ouvi as palavras de adivinhos, magos e poetas, mas eu nunca ouvi tais palavras, elas chegam às profundezas dos oceanos.  Dê-me a sua mão para que eu faça o meu juramento de fidelidade a você no Islã.’[2]

Após Gabriel trazer a primeira revelação ao Profeta Muhammad, Khadija, sua esposa, o levou para visitar seu velho primo, Waraqa bin Nawfal, um erudito da Bíblia, e discutir o evento.  Waraqa reconheceu Muhammad das profecias da Bíblia e confirmou:

“Esse é o Guardião dos Segredos (Anjo Gabriel) que veio para Moisés.” (Saheeh Al-Bukhari)

O rosto pode ser uma janela para a alma.  Abdullah bin Salam, o rabino chefe de Medina na época, olhou para o rosto do Profeta quando ele chegou em Medina e exclamou:

“No momento em que eu olhei para o seu rosto, eu sabia que não era o rosto de um mentiroso!” (Saheeh Al-Bukhari)

Muitos daqueles ao redor do Profeta que não aceitaram o Islã não duvidaram de sua veracidade, mas se recusaram a fazê-lo por outras razões.  Seu tio, Abu Talib, o ajudou durante toda a sua vida, confessou a veracidade de Muhammad, mas se recusou a se afastar da religião de seus ancestrais por vergonha e status social.



Footnotes:

[1] Amr b. Abasa Sulami.

[2] Saheeh Muslim.

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