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Os ensinamentos do Profeta ﷺ sobre o jejum
Seus ensinamentos sobre o jejum do Ramadan
De acordo com seus ensinamentos, ele ﷺ só começava o jejum do Ramadan depois de ver a lua ou diante da evidência de uma testemunha. No caso de não ser vista (nem ter testemunha), então ele completaria 30 dias do mês de Shaban.
Se a lua não tivesse sido vista no dia 29 de Shaban, devido ao tempo nublado, ele também completava 30 dias. Não jejuava no dia duvidoso e nem aconselhava que o fizessem.
Terminava o jejum no fim do mês baseado no testemunho de duas pessoas.
Se duas testemunhas dessem o testemunho de haver visto a lua, então ele rompia seu jejum e ordenava às pessoas que fizessem o mesmo. Então fazia a oração do ‘eid na manhã seguinte.
Costumava apressar-se a romper o jejum do por do sol e ordenava as pessoas a fazer o mesmo. Mas, demorava no suhur e também aconselhava os outros que fizessem o mesmo. Costumava romper o jejum antes de realizar a oração do maghrib. Quebrava-o com tâmaras frescas ou secas e, caso não houvesse, com água.
Ao romper o jejum dizia:
“Dhahab ad-dama'u wabtallatil-`uruqu wa zabatal-ayr 'in shaa Alláh”
(A sede se foi, as veias foram umedecidas e a recompense está assegurada, se Allah quiser) –
Abu Dawud.
Costumava intensificar seus atos de adoração no Ramadan. O Anjo Gabriel, as, se reunia com ele neste mês para repassar o Qur’an.
Durante o Ramadan também incrementava a caridade, as boas ações, a recitação do Qur’an, a oração, a lembrança de Allah e o retiro espiritual (itikaf). Costumava fazer certos atos de adoração especiais no Ramadan. Algumas vezes continuava jejuando sem romper o jejum durante a noite, entretanto proibia seus companheiros de fazer isso. Ele lhes permitia estender o jejum apenas até o momento do suhur
Seus ensinamentos sobre o que está permitido e os que está proibido ao jejuador
Dentre seus ensinamentos estava que quando alguém jejuava deveria abster-se de falar inapropriadamente como discussões barulhentas, insultar ou responder de forma grosseira às pessoas. Ele instruiu que se alguém fosse provocado ou insultado que respondesse: “estou jejuando”.
Quando viajava, às vezes, observava o jejum e, às vezes, quebrava-o. Ele ﷺ dava a seus companheiros a permissão de optar pelo que desejassem.
Costumava ordenar a seus companheiros que quebrassem o jejum caso tivessem que lutar em uma batalha.
Não especificou nenhuma distância da qual o viajante poderia desculpar a quebra do jejum.
Quando seus companheiros começavam uma viagem quebravam o jejum antes de deixarem a área de suas residências e afirmavam que esta era a sunnah do Profeta ﷺ.
Podia acontecer que em um dia de jejum ele ﷺ estivesse em estado de impureza sexual ao amanhecer, então, antes da oração fazia o ghusl e jejuava normalmente.
Costumava beijar sua esposa enquanto jejuava o Ramadan.
Costumava limpar seus dentes com o miswak, lavar sua boca e nariz e derramava água sobre sua cabeça enquanto jejuava.
Ensinou que quem come ou bebe por equívoco ou esquecimento não anula seu jejum.
Ensinou que as pessoas doentes e as que viajam podem quebrar seu jejum e repor o dia perdido depois. Também ensinou que a mulher grávida ou que está amamentando não precisa jejuar caso isso lhe provoque algum dano.
Seus ensinamentos sobre o jejum voluntário:
Seus ensinamentos sobre o jejum foram completos de tal forma que é fácil atingir todos os objetivos desejados com certa facilidade. Ele ﷺ costumava jejuar tanto que as pessoas poderiam pensar que ele jejuava ininterruptamente. Em algumas ocasiões se abstinha de jejuar até que as pessoas pensavam que não ia jejuar nunca mais. Nunca jejuava um mês inteiro, exceto o Ramadan e nunca jejuava tanto em outro mês como jejuava no mês de Shaban.
De acordo com seus ensinamentos, não é permitido jejuar às sextas-feiras, apenas; e é recomendável que se jejue às segundas e quintas-feiras.
Nunca deixou de jejuar nos dias de lua cheia (13, 14 e 15 dos meses lunares), estando em sua residência ou em viagem, e convidava os outros a jejuar com ele.
Também costumava jejuar nos primeiros três dias de cada mês lunar. Aconselhava que jejuassem seis dias no mês de Shawwal, dizendo que jejuar esses dias logo depois do jejum de Ramadan equivaleria a jejuar o ano inteiro .
(Muslim)
Sempre jejuava no dia de Ashura mencionando que expiava os pecados do ano anterior .
(Muslim)
Com relação ao dia de Arafat, dizia que este expiava os pecados do ano anterior e do ano posterior .
(Muslim)
Mas, seu ensinamento para os peregrinos do hajj era não jejuar no dia de Arafat.
Não estava dentre seus ensinamentos jejuar todos os dias do ano, pelo contrário, dizia que
“aquele que jejua todos os dias nem jejuou e nem quebrou o jejum” .
(An Nasai)
Algumas vezes costumava jejuar voluntariamente e então quebrava o jejum. Em certas ocasiões perguntava à sua família:
“temos algo para comer?” e se a resposta era não, então dizia: “então, estou jejuando”.
(Muslim)
Disse ﷺ:
“Se algum de vós é convidado para uma refeição enquanto esteja jejuando, deve dizer: ‘estou jejuando’”.
(Muslim)
Seus ensinamentos sobre o retiro espiritual (‘itikaf)
Sempre fez o retiro espiritual durante os dez últimos dias de Ramadan, até sua morte. Uma vez não pode fazê-lo e, então, repôs a mesma quantidade de dias no mês seguinte.
Uma vez fez o ‘itikaf nos dez primeiros dias do Ramadan, nos dez dias do meio e também nos últimos dez dias, buscando a lailatul qadr. Então, foi esclarecido para ele que esta noite estaria dentre as dez últimas e seguiu fazendo isso até morrer.
Sempre combinava o ‘itikaf com o jejum.
Costumava pedir que levantassem uma cortina na mesquita para que pudesse se retirar.
Quando tinha a intenção de fazer o ‘itikaf, começava-o logo após a oração do fajr.
Sua esteira para dormir ficava dentro de sua tenda, onde entrava só.
Só regressava à sua casa para atender às necessidades fisiológicas.
Costumava colocar sua cabeça dentro do quarto de Aisha para que ela penteasse seus cabelos, mesmo ela estando no período menstrual.
Algumas de suas esposas costumavam visitá-lo durante o ‘itikaf, e quando ela se levantava para ir embora, ele levantava e a acompanhava. Estas visitas eram noturnas.
Não tinha relações sexuais durante o ‘itikaf, nem sequer beijos. Costumava fazer dez dias de ‘itikaf todo ano, no ano em que morreu fez vinte dias.