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Temos boas razões para acreditar? (parte 2 de 2)

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1534 2014/10/20 2024/12/30

O Alcorão

O Alcorão não é um livro comum.  Foi descrito por muitos que se envolvem com o livro como um texto imponente, mas a forma como se impõe ao leitor não é negativa e sim positiva.  Isso porque busca engajar positivamente sua mente e suas emoções e chega a isso fazendo perguntas profundas, como "Assim, pois, aonde ides? Certamente, não é mais do que uma mensagem, para o universo. Para quem de vós se quiser encaminhar." [1] e "Porventura não refletem em si mesmos?" [2]


Entretanto, o Alcorão não para ali. Desafia toda a humanidade em relação a sua autoria divina e ousadamente afirma: "E se tendes dúvidas a respeito do que revelamos ao Nosso servo (Muhammad), componde uma surata semelhante à dele (o Alcorão), e apresentai as vossas testemunhas, independentemente de Deus, se estiverdes certos.


Porém, se não o dizerdes - e certamente não podereis fazê-lo - temei, então, o fogo infernal cujo combustível serão os idólatras e os ídolos."[3]

Esse desafio se refere a várias maravilhas no Alcorão, até mesmo em seu menor capítulo, que nos dá boas razões para acreditar que vem de Deus.  Algumas dessas razões são históricas e científicas.


História...

Há muitas afirmações históricas no Alcorão que nos apresentam boas razões de que vem de Deus.  Uma delas é que o Alcorão é o único texto religioso a usar títulos diferentes para os governantes do Egito em épocas diferentes.  Por exemplo, ao se dirigir ao governante egípcio na época do profeta Yusuf (José), é usada a palavra "Al-Malik" que se refere a rei (nota: durante o meado do velho reinado, famílias asiáticas dos hicsos governaram o Egito e eles não usavam o título faraó, como o Alcorão menciona: "Então, disse o rei: Trazei-me esse homem!’").[4]


Em contraste, o governante do Egito na época do profeta Musa (Moisés) é chamado de faraó, em árabe "Firaown".  Esse título em particular começou a ser empregado no século 14 A.C., durante o reinado de Amenhotep IV. Isso é confirmado pela Enciclopédia Britânica que afirma que a palavra faraó era um título de respeito usado a partir do Novo Reinado (iniciado com a 18ª dinastia (1539-1292 A.C.) até a 22ª dinastia (945-730 A.C.).


Então, o Alcorão é historicamente preciso já que o profeta Yusuf viveu pelo menos 200 anos antes daquela época e a palavra "rei" era usada pelos reis hicsos, não a palavra faraó.


À luz disso, como o profeta Muhammad poderia saber desse pequeno detalhe histórico? Especialmente quando todos os outros textos religiosos, como a Bíblia, apenas mencionam faraó como um título para todas as épocas? Uma vez que as pessoas na época da revelação não conheciam essa informação e os hieróglifos eram uma língua morta, o que isso diz sobre a autoria do Alcorão? Não há explicação naturalista.

Ciência...

O Alcorão sempre menciona a natureza como um sinal da existência, poder e majestade de Deus.  Toda vez que são mencionados, são expressos com grande precisão e também nos dão informação que não podia ser conhecida na época do profeta Muhammad.  Um desses sinais inclui a função e estrutura de montanhas.  O Alcorão menciona que as montanhas têm estruturas semelhantes a "estacas" e foram embutidas na terra para estabilizá-la, um conceito conhecido em geologia como isostasia.  O Alcorão menciona: "E produzimos firmes montanhas na terra, para que esta não oscilasse com eles…" [5] e "Acaso, não fizemos da terra um leito e das montanhas, estacas?" [6]


As representações eloquentes dos fatos mencionados acima são confirmadas pela ciência moderna, que só vieram a ser compreendidas no final do século 20.  No livro Terra, do Dr. Frank Press, ex-presidente da Academia Nacional de Ciências dos EUA, é afirmado que as montanhas são como estacas e estão enterradas profundamente na superfície da Terra.[7]


 Com relação ao papel vital das montanhas, anteriormente entendia-se que as montanhas eram mera protrusões acima da superfície da Terra.  Entretanto, os cientistas perceberam que não era o caso e que as partes conhecidas como raízes das montanhas tinham uma profundidade de 10 a 15 vezes sua altura.  Com essas características as montanhas desempenham um papel semelhante ao de um prego ou pino que segura firmemente uma tenda e foi descoberto por pesquisas geológica e sísmica modernas, um conceito conhecido como isostasia.[8]


Em conclusão, como podemos explicar isso à luz dos fatos de que é ciência relativamente recente (sem que ninguém na época da revelação conhecesse essa informação)? O que isso diz a você sobre o autor? Mais uma vez, não há explicação naturalista.


A vida é absurda sem Deus?

A escritora Loren Eiseley disse que o homem é um órfão cósmico.  Isso é muito profundo, já que o homem é a única criatura no universo que pergunta "por quê?" Outros animais têm instintos que os guiam, mas o homem aprendeu a questionar.  Se muitas dessas perguntas feitas pelo homem excluem Deus, então a conclusão é simples: somos subprodutos acidentais da natureza, um resultado de matéria, mais tempo, mais acaso.  Não há razão para sua existência e tudo que enfrentamos é a morte.  O homem moderno pensou que quando se livrasse de Deus tinha se livrado de tudo que o reprimia e sufocava.  Em vez disso, descobriu que ao matar Deus, também tinha matado a si mesmo.


Se não existe Deus, então o homem e o universo estão condenados.  Como prisioneiros condenados à morte, esperamos nossa execução inevitável.  Qual é a consequência disso? Significa que a vida em si é absurda.  Que a vida que temos não tem significância, valor ou propósitos últimos.  Por exemplo, de acordo com a visão ateia de mundo, essa vida não tem propósito ou, no melhor dos casos, só foi reunida para propagar nosso DNA.  A forma como alguns ateus saem disso é dizendo que podemos criar propósitos para nós mesmos. Entretanto, esse é um autoengano quando tentamos e encontramos algum propósito atribuindo propósito às coisas que fazemos na vida, mas removemos o propósito de nossas próprias vidas.  Sem Deus nossas vidas não têm qualquer significado último.  Se nossos fins são os mesmos, no sentido de apenas passar pela existência, que significado isso dá as nossas vidas? Importa se existimos? Se o universo nunca existisse, que diferença faria?


Existencialistas como Jean-Paul Sartre e Albert Camus compreenderam a realidade sem significado da vida, na ausência do reconhecimento de propósito para nossa existência.  É por isso que Sartre escreveu sobre a "náusea" da existência e Camus via a vida como absurda, indicando que o universo não tem significado algum.  O filósofo alemão Friedrich Nietzsche argumentou em pronunciamentos claros e concisos que o mundo e a história humana não têm qualquer significado, qualquer ordem racional ou objetivo.  Nietzsche argumentou que só existe um caos insensato, um mundo sem direção e sem fim.  Não é de admirar que o filósofo Arthur Schopenhauer tenha dito que desejava que o mundo nunca tivesse existido.  Todas essas opiniões sobre o mundo são conclusões absurdas esculpidas pela visão ateia de mundo.




Notas de rodapé:

[1]Alcorão, capítulo 81 versículos 26-28

[2]Alcorão, capítulo 30 versículo 8

[3]Alcorão capítulo 2, versículo 23

[4]Alcorão capítulo 12 versículo 50

[5]Alcorão capítulo 21 versículo 31

[6]Alcorão capítulo 78 versículos 6-7

[7] Frank Press e Raymond Siever, Earth (Terra), 3ª ed.  (São Francisco: W.  H.  Freeman & Company: 1982

[8] M.  J.  Selby, Earth's Changing Surface (A superfície mutante da Terra) (Oxford: Clarendon Press: 1985), 32.

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